Doença contagiosa e fatal, mormo é encontrada em mais três cavalos
Deram resultado positivo testes de mormo em mais três cavalos da propriedade rural, onde foi registrado o primeiro foco da doença em abril deste ano. Os quatro animais já foram sacrificados e o Estado adotou os procedimentos sanitários para que a doença não se espalhe. O mormo é infectocontagioso e atinge equídeos, mas pode acometer outras espécies, como carnívoros e pequenos ruminantes, além do homem. Os sinais clínicos mais frequentes são febre, tosse, corrimento nasal e a doença é fatal em humanos.
Os animais sacrificados são de uma fazenda de Bela Vista, a 322 quilômetros de Campo Grande. Esses focos são os primeiros da história de Mato Grosso do Sul. Outros 54 cavalos da propriedade passaram por exames. As amostras colhidas foram encaminhadas pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) ao laboratório do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), para o teste de triagem.
Segundo a Iagro, das 57 amostras, 15 apresentaram resultado positivo, 5 apresentaram resultado inconclusivo, 3 deram anticomplementar e 34 deram resultado negativo. As 23 amostras que apresentaram reatividade ao teste foram submetidas à prova de Western-Blotting, que é confirmatória para o mormo. Dessas, três deram positivo, uma apresentou resultado inconclusivo e 19 deram negativo.
Com isso, nesta terça-feira (26), a Iagro enviou equipe de profissionais para sacrificar os três animais que apresentaram resultado positivo e novos testes serão realizados no rebanho da propriedade, no intervalo de 45 a 90 dias. Durante este período, a fazenda ficará interditada para o trânsito de equídeos.
Controle – Após a confirmação do primeiro foco da doença, a Iagro determinou que todos os equídeos que forem transportados para eventos agropecuários ou abate devem estar acompanhados de exame negativo para a doença, ou seja, laudo original feito em laboratório credenciado pelo Mapa; além da GTA (Guia de Trânsito Animal).
A validade do exame é de 180 dias para propriedades monitoradas e 60 dias para as demais. A portaria determina ainda que os custos com a colheita, envio de material para disgnóstico e exames da doença são de responsabilidade do proprietário. O médico venerário oficial precisa, obrigatoriamente, estar presente para a realização do exame. As propriedades onde os animais tiverem exame positivo para mormo deverá ser interditada e submetida a regime de saneamento. Os animais infectados devem ser sacrificados, conforme as normas do Mapa.