Dólar recua a R$ 5,68 após Trump sinalizar flexibilização nas tarifas

O dólar comercial caiu pela sexta vez consecutiva nesta sexta-feira (25), vendido a R$ 5,68, após sinais de possível trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China, enquanto o índice Ibovespa encerrou a semana com valorização de 3,93%.

A queda da moeda norte-americana foi de 0,08% no dia e ocorreu principalmente por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), que disse ter conversado com o presidente chinês Xi Jinping e prometeu ser mais flexível nas tarifas comerciais.

A cotação do dólar chegou a R$ 5,66 no início da tarde, mas subiu nos momentos finais das negociações, mantendo-se, ainda assim, abaixo de R$ 5,70. Com isso, a moeda acumula retração de 2,02% na semana, 0,33% em abril e 7,98% no ano.

No mercado de ações, o Ibovespa, principal indicador da B3, avançou 0,12% nesta sexta-feira e fechou aos 134.739 pontos, o maior nível desde setembro de 2024. O índice também acumula alta de 3,44% em abril e de 12,02% em 2025.

Fatores internos também influenciaram o desempenho positivo do mercado. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira que o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), prévia oficial da inflação, subiu 0,43% em abril, abaixo do índice de março, que havia sido de 0,64%.

A desaceleração dos preços, puxada pelos grupos de Alimentação e Saúde, contribuiu para a percepção de estabilidade econômica no país.

No cenário internacional, apesar da valorização do dólar frente a moedas de países desenvolvidos, a divisa recuou diante de moedas de mercados emergentes. A movimentação refletiu as falas de Trump sobre negociações em andamento com diversos países, o que reduziu a tensão nos mercados financeiros globais.

Apesar de a China ter negado oficialmente as conversas com o governo norte-americano, agências internacionais informaram que tarifas sobre alguns produtos dos Estados Unidos teriam sido suspensas, o que reforçou o sentimento de alívio entre investidores.

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