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Economia

Dólar vai a R$ 5,54 e Bolsa fecha em alta de olho no cenário externo

Cotação caiu 0,26% nesta quinta-feira; Ibovespa avançou 0,04% com dados dos EUA e decisão sobre IOF

Por Gustavo Bonotto | 17/07/2025 19:23
Dólar vai a R$ 5,54 e Bolsa fecha em alta de olho no cenário externo
Cédulas do dólar, moeda norte-americana usada em transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial caiu 0,26% nesta quinta-feira (17) e fechou cotado a R$ 5,54. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, registrou leve alta de 0,04%, encerrando o pregão aos 135.565 pontos. O movimento foi influenciado por dados divulgados nos Estados Unidos e por decisões recentes do governo e do Judiciário brasileiros.

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Dólar recua e fecha a R$ 5,54 com dados positivos da economia americana e decisões internas. Ibovespa registra leve alta, influenciado pelo cenário externo e decisões do STF.Dados econômicos dos EUA, como o aumento nas vendas do varejo e a queda nos pedidos de auxílio-desemprego, impulsionaram a desvalorização do dólar frente ao real. No Brasil, a decisão do STF de restabelecer o aumento do IOF, com exceção da tributação sobre operações de "risco sacado", contribuiu para o cenário econômico. A tensão comercial entre Brasil e EUA, após a imposição de tarifas por Donald Trump, segue no radar dos investidores, com o governo brasileiro buscando estratégias de resposta.

A desvalorização da moeda americana ocorreu em meio à divulgação de indicadores econômicos positivos nos EUA. As vendas no varejo cresceram 0,6% em junho, acima das expectativas, enquanto os pedidos semanais de auxílio-desemprego caíram para 221 mil, abaixo da projeção de 235 mil. Os dados reforçaram a percepção de solidez do mercado de trabalho norte-americano, mesmo com o cenário de incertezas comerciais.

No Brasil, investidores repercutiram a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que restabeleceu quase integralmente o decreto presidencial que eleva as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A medida mantém a cobrança maior sobre operações como compras internacionais com cartão (3,5%), remessas ao exterior (3,5%), seguros VGBL (5%) e fundos de direitos creditórios (0,38%), entre outras. A única exceção foi a exclusão da tributação sobre operações do tipo "risco sacado", que afetam pequenas empresas.

Com a decisão, o governo mantém a expectativa de arrecadar R$ 12 bilhões com o novo IOF em 2025. Apenas a cobrança sobre o “risco sacado” representaria R$ 1,2 bilhão.

No cenário político, o mercado seguiu atento à escalada de tensões entre o Brasil e os Estados Unidos. Após o presidente Donald Trump (Republicano) confirmar o caráter político da tarifa de 50% aplicada a produtos brasileiros, a Casa Branca rebateu carta enviada pelo governo Lula. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que Trump "não está tentando ser o imperador do mundo", em resposta direta à declaração feita pelo presidente brasileiro.

A tarifa imposta por Trump tem sido associada ao apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e repercute diretamente no comércio entre os dois países. Nesta quinta, o vice-presidente Geraldo Alckmin manteve reuniões com empresários para articular uma resposta estratégica à medida americana.

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