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Economia

Entidade pede que proprietários encontrem alternativa às queimadas

Priscilla Peres | 25/08/2015 10:09
Número de queimadas em 15 dias de agosto, é 400% maior que no mesmo período do ano passado. (Foto: Divulgação/Agraer)
Número de queimadas em 15 dias de agosto, é 400% maior que no mesmo período do ano passado. (Foto: Divulgação/Agraer)

Prática comum entre proprietários rurais do Estado, a queimada é utilizada para limpeza do solo e preparo de plantio ou formação de pasto. Porém, houve um aumento de 491% no número de focos de queimadas e a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) alerta agricultores e pecuaristas para evitarem a ação.

Conforme dados divulgados pelo PrevFogo do Ibama, em agosto deste ano já são 727 pontos de calor identificados, contra 123 no ano passado. O número é alarmante e intensificado principalmente devido a falta de chuva e o forte calor.

Para impedir que a situação piore, a Agraer recomenda os produtores rurais a adotarem outras tecnologias no lugar das queimadas durante essa fase do ano. “Técnicas de compostagem, adubação verde, cilagem, fornecimento de alimentação complementar para o gado como a cana-de açúcar e a manutenção de aceiros são meios de seguros para o produtor optar ao invés das queimadas nesse tempo seco”, observa o engenheiro florestal da Agraer, Antônio Flores.

Durante esse período de seca, a Agraer também chama a atenção para a normativa que, anualmente, proíbe a queima controlada no período de 1º de agosto a 30 de setembro. Nas áreas do Bioma do Pantanal, o prazo de estende até o dia 31 de outubro.

A resolução é de 8 de agosto de 2014, proferida em conjunto entre o Ibama e a Semade (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico). A orientação é que os produtores fiquem atentos quanto a regulamentação vigente para que não sejam notificados por irregularidades no manejo do solo.

Alerta - A preocupação com o meio ambiente aumenta diante da situação da Bacia do Pantanal, onde estão os índices mais alarmantes das queimadas. Segundo o ecólogo e coordenador estadual do PrevFogo do Ibama, Alexandre de Matos, essa região representa cerca de 75 a 80% de todos os focos registrados no Estado.

“Além do tempo seco, também tivemos nessa região o período de cheia do Rio Paraguai, que este ano foi de menor proporção e em um curto prazo de tempo. Somado tudo isso, temos um ambiente propicio para os incêndios”, alerta.

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