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Economia

Lavoura de Maracaju registra o primeiro caso de ferrugem na safra de MS

Caso foi anotado pela Fundação MS e o Consórcio Antiferrugem, Iagro afirma já ter conhecimento da situação

Humberto Marques | 21/11/2018 17:45
Ferrugem da soja teve primeiro caso registrado na safra deste ano; Iagro informou já adotar providências. (Foto: Arquivo)
Ferrugem da soja teve primeiro caso registrado na safra deste ano; Iagro informou já adotar providências. (Foto: Arquivo)

Mato Grosso do Sul teve a confirmação, em 19 de novembro deste ano, do primeiro caso de ferrugem asiática em plantações de soja. Conforme dados da Fundação MS e do Consórcio Antiferrugem, o problema foi identificado em uma lavoura de Maracaju –a 160 km de Campo Grande. Além deste caso, foram apontados quatro casos de ferrugem voluntária em lavouras da Capital, Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste e Dourados, registrados em setembro.

O caso já é de conhecimento da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) que, via assessoria, confirmou a tomada de providências fitossanitárias.

A ferrugem da soja é considerada a principal doença a atingir a planta, causando perda de folhas precocemente e impedindo a formação de grãos, causando prejuízos que podem chegar a 70% da produtividade. Os casos no Brasil são catalogados desde 2001. 

Além do caso de Maracaju, o Consórcio Antiferrugem anotou ocorrências de ferrugem asiática em três Estados: Santa Catarina, com dois casos (em Quilombo e São Domingos), São Paulo (quatro, em Itaberá, Itapeva, Itapetininga e São Miguel Arcanjo) e no Paraná, onde a doença é mais problemática, com 14 notificações –Piraí do Sul e Jaguarialva, próximo à divisa com São Paulo; Mariópolis, na divisa catarinense; Cândido de Abreu, Reserva, Peabiru, São João do Ivaí e Campo Mourão (centro paranaense) e Juranda, Ubiratã, Cafelândia, São Pedro do Iguaçu, Terra Roxa, Marechal Cândido Rondon, Nova Santa Rosa e Toledo, a oeste do Estado vizinho.

O pesquisador Alfredo Recieri, da Fundação Chapadão, afirmou à Jovem Sul News que o momento é de atenção para que a doença não se alastre no Estado e prejudique a produtividade. Ele afirma que a safra passada teve condições favoráveis para o não surgimento da doença, já que os produtores seguiram as orientações do vazio sanitário e aplicaram fungicidas adequadamente. Além disso, ele pontuou que sojicultores de Mato Grosso e Goiás atrasaram o plantio por falta de chuvas e, quando a doença se instalou nesses dois Estados, a cultura estava adiantada em Mato Grosso do Sul.

Recieri adverte, porém, que a situação atual é favorável à doença, com muita unidade e calor e o plantio ocorrendo nos Estados vizinhos –correntes de ar no sentido norte-sul e dificuldade para aplicação de fungicidas devido às chuvas também são agravantes. Produtores devem monitorar suas lavouras, principalmente na fase R-1 da planta, coletar folhas para análise e contar com acompanhamento técnico, bem como usar produtos e tecnologia de aplicação adequados.

Ainda segundo o pesquisador, as condições climáticas podem favorecer o surgimento de outras doenças fúngicas, como a mancha alvo e o mofo branco.

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