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Economia

Mais da metade dos adultos de MS começaram 2025 com “nome sujo”

Volume de dívidas acumuladas chegou a R$ 6,81 bilhões, com um ticket médio de R$ 6.030,71 por consumidor

Por Jhefferson Gamarra | 07/02/2025 14:00
Mais da metade dos adultos de MS começaram 2025 com “nome sujo”
Consumidores em rua de comércio no centro de Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)

Mais da metade da população adulta de Mato Grosso do Sul iniciou 2025 com o nome negativado, de acordo com levantamento do Serasa. Em dezembro de 2024, o estado registrou 1.129.829 inadimplentes, o que representa 52,83% dos adultos sul-mato-grossenses. O volume de dívidas acumuladas chegou a R$ 6,81 bilhões, com um ticket médio de R$ 6.030,71 por consumidor.

RESUMO

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Mais da metade da população adulta de Mato Grosso do Sul começou 2025 com o nome negativado, segundo o Serasa. Em dezembro de 2024, 52,83% dos adultos estavam inadimplentes, totalizando 1.129.829 pessoas, com dívidas acumuladas de R$ 6,81 bilhões. As principais dívidas são com bancos e cartões (28,3%), seguidas por contas de serviços essenciais (17,6%). A inadimplência é ligeiramente maior entre mulheres jovens. Mato Grosso do Sul é o 4º estado com maior proporção de inadimplentes no Brasil. Apesar disso, 87% dos brasileiros estão otimistas sobre manter as contas em dia em 2025.

O número de inadimplentes no estado apresentou crescimento ao longo de 2024, passando de 1.054.824 em janeiro para 1.129.829 em dezembro, um aumento de aproximadamente 7%. A taxa de endividamento também cresceu no período, saindo de 49,33% no início do ano e ultrapassando a marca de 52% nos últimos meses.

Evolução da inadimplência em Mato Grosso do Sul em 2024:

Mês  

Inadimplentes   

Representatividade  

Janeiro

1.054.824

49,33%

Fevereiro

1.057.788

49,42%

Março

1.067.347

49,76%

Abril

1.076.694

50,20%

Maio

1.083.075

50,44%

Junho

1.092.289

50,82%

Julho

1.096.515

50,97%

Agosto

1.098.442

51,56%

Setembro

1.099.739

51,57%

Outubro

1.113.476

52,16%

Novembro

1.127.955

52,79%

Dezembro

1.129.829

52,83%


Os principais responsáveis pelas dívidas em Mato Grosso do Sul são os bancos e cartões de crédito, que representaram 28,3% das pendências registradas em dezembro. Em seguida, aparecem contas de serviços essenciais, como água, luz e gás (17,6%), e as financeiras, empresas de crédito que não são bancos (16,5%). Outros setores com alto índice de dívidas incluem varejo (11,64%) e serviços diversos (14,6%).

Distribuição das dívidas por setor em dezembro de 2024

  • Bancos/Cartões: 28,3%
  • Utilities (luz, água, gás): 17,6%
  • Financeiras: 16,5%
  • Varejo: 11,64%
  • Serviços: 14,6%

A inadimplência afeta homens e mulheres de diferentes faixas etárias de maneira semelhante, mas há diferenças entre os grupos. Mulheres são ligeiramente mais afetadas nas faixas etárias mais jovens, com 12,3% das inadimplentes entre 18 e 25 anos, enquanto homens dessa idade representam 10,5%. Na faixa de 26 a 35 anos, a inadimplência é maior entre as mulheres (25,1%) do que entre os homens (22,7%).

Por outro lado, entre 36 e 45 anos, o endividamento é mais equilibrado, com homens representando 27,4% e mulheres 26,8%. Nas faixas etárias mais elevadas, os homens são mais impactados, especialmente no grupo acima de 60 anos, onde somam 15,2% contra 12,9% das mulheres.

Faixa EtáriaHomensMulheres
18-25 anos10,5%12,3%
26-35 anos22,7%25,1%
36-45 anos27,4%26,8%
46-60 anos24,2%22,9%
60+ anos15,2%12,9%

A alta taxa de endividamento coloca Mato Grosso do Sul na 4ª posição entre os estados brasileiros com maior proporção de adultos inadimplentes. O cenário estadual segue a tendência nacional, que atingiu um recorde histórico de 73,78 milhões de brasileiros com dívidas em novembro de 2024.

Durante o Feirão Serasa Limpa Nome, que ocorreu entre novembro e dezembro de 2024, em Mato Grosso do Sul, mais de 150 mil acordos foram fechados.  Apesar da alta inadimplência, os consumidores sul-mato-grossenses demonstram otimismo. Segundo pesquisa da Serasa, 87% dos brasileiros acreditam que conseguirão manter as contas em dia em 2025. A expectativa é de que, com melhora nas condições econômicas, redução de juros e maior educação financeira, o endividamento possa começar a cair nos próximos meses.

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