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Economia

Pesquisa da FGV aponta MS como o oitavo estado "mais feliz" do Brasil

Índice leva em consideração indicadores econômicos como desemprego e inflação dos 12 meses

Nyelder Rodrigues | 06/07/2021 10:16
MS ocupa o oitavo lugar no ranking, mas em 2013 era o sexto; MT subiu de quinto para quarto (Foto: Kisie Ainoã/Arquivo)
MS ocupa o oitavo lugar no ranking, mas em 2013 era o sexto; MT subiu de quinto para quarto (Foto: Kisie Ainoã/Arquivo)

Moramos no oitavo estado "mais feliz" do Brasil. Em período de crise sanitária e em que as notícias para lá de desagradáveis são rotina no país, pesquisa que afere o índice de bem estar feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) aponta Mato Grosso do Sul com o oitavo melhor índice de bem estar.

Divulgada pela Folha de São Paulo, a pesquisa coloca os sul-mato-grossenses à frente de  mineiros, capixabas, paulistas, candangos e de moradores de todos os nove estados da região Nordeste - a mais "infeliz" de todas.

Apesar disso, o comparativo mostra uma leve queda de Mato Grosso do Sul em comparação ao índice de 2013. Na época, o estudo que leva em consideração taxa de inflação acumulada em 12 meses e média de taxa de desemprego no mesmo período colocava o Estado em sexto no ranking - de 11%, saltou para 17,3% o "índice de infelicidade".

O primeiro lugar continua sendo dos catarinenses, que pularam de 9% para 10%. O vizinho Mato Grosso subiu de quinto, como os mesmos 11% dos sul-mato-grossense, para o quarto lugar, apesar de aumentar o índice para 14,6%.

Os cálculos são do economista Daniel Duque, do Ibra (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV, usando dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O bom ranqueamento de Mato Grosso do Sul ocorre pelo baixo desemprego da população - fato em geral atribuído a diversificação econômica.

Conforme o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), Mato Grosso do Sul acumula saldo positivo 40.357 novas vagas abertas no Estado. Apenas em maio, foram 4.327 empregos formais criados a mais.

Na foto, fila da Funsat com pessoas em busca de recolocação no mercado. Baixa taxa de desemprego ajuda bom resultado de MS (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Na foto, fila da Funsat com pessoas em busca de recolocação no mercado. Baixa taxa de desemprego ajuda bom resultado de MS (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Já o topo do ranking da infelicidade, em 2013 ocupado pelo Amapá com índice de 18,20%, em 2021 está nas mãos da Bahia com índice de 24,7%. Alagoas, Sergipe, Pernambucano e Rio de Janeiro completam a lista dos cinco piores - 24,3, 23,9, 23,7 e 22,2%.

Outros países - Já se comparado aos índices de outros países, até os melhores números dos brasileiros ficam bastante aquém. Dos 38 países que fazem parte da lista da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil ocupa a segunda pior posição, atrás apenas da euro-asiática Turquia.

O primeiro colocado na lista nesse trimestre de 2021 foi o Japão, com índice de felicidade de apenas 2,4%, enquanto os nórdicos da Finlândia apresentaram índice de 4,4%. O terceira posição é da Eslovênia, de 4,8%.

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