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Economia

Por R$ 406 milhões, MS terá mais uma fábrica no setor de celulose

Empresa vai gerar 60 empregos diretos em 2024 e 72 empregos de 2025 em diante

Izabela Cavalcanti | 05/10/2022 07:58
Verruck, acompanhado do superintendente de Indústria e Comércio Bruno Bastos; superintendente de Agricultura, Rogério Beretta; presidente da Nouryon, Antônio Carlos Francisco; e o controlador financeiro, Renê Kachan. (Foto: Divulgação/Semagro)
Verruck, acompanhado do superintendente de Indústria e Comércio Bruno Bastos; superintendente de Agricultura, Rogério Beretta; presidente da Nouryon, Antônio Carlos Francisco; e o controlador financeiro, Renê Kachan. (Foto: Divulgação/Semagro)

Com investimento de R$ 406 milhões, Mato Grosso do Sul vai receber mais um megaempreendimento no setor de celulose. A empresa Nouryon Pulp And Performance Indústria Química Ltda. vai instalar uma fábrica de produtos químicos, em Ribas do Rio Pardo, produzindo clorato de sódio e peróxido de hidrogênio.

O anúncio foi feito ontem (04) pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, durante o 54° Congresso de Celulose e Papel da ABTCP, em São Paulo.

“A implantação da Nutryon em Ribas do Rio Pardo é estratégica para MS, pois a planta poderá atender não só a Suzano, mas também outras fábricas de celulose no Estado ou fora dele. Isso vai tornar MS um player importante na fabricação de produtos químicos voltados à produção de celulose, adensando nossa indústria de base florestal”, afirmou Verruck.

A empresa recebeu incentivos por meio do Pro-Desenvolve e vai gerar 60 empregos diretos em 2024 e 72 empregos de 2025 em diante. A planta de peróxido de hidrogênio terá capacidade industrial de produção de 38 mil toneladas ao ano.

O empreendimento atenderá o “Projeto Cerrado”, fábrica de celulose da Suzano, no mesmo município. A área necessária para implantação da empresa será de 7,27 hectares com construção em 2,73 hectares.

Ainda de acordo com o titular da Semagro, futuramente, a indústria vai produzir hidrogênio verde, sendo apontado como a fonte de menor emissão potencial de carbono. O hidrogênio pode ser produzido através da eletrólise, utilizando a energia elétrica gerada no próprio processo produtivo de alguns tipos de indústria.

“O hidrogênio verde seria mais uma evolução dentro do projeto do MS obter a certificação de status de Carbono Neutro em 2030. Trata-se de um salto tecnológico que vai elevar a indústria estadual a um novo patamar de sustentabilidade”, acrescentou.

Para o governador Reinaldo Azambuja, o investimento é fruto da política de incentivos fiscais e, principalmente, da confiança conquistada por Mato Grosso do Sul.

“Desde 2015 implantamos a política de trocar impostos por empregos. Abrimos mão dos tributos e, além dos incentivos fiscais, que são importantes, existe uma confiança. O investidor não vem para um Estado se ele não tem segurança jurídica, se ele não confia nos termos assinados”, disse.

Produto - Os produtos são inéditos em fabricação no portfólio industrial de Mato Grosso do Sul. O presidente da Nouryon, Antônio Francisco, explica que o produto ajuda a celulose a clarear.

“São produtos que promovem o branqueamento da celulose. Muitas pessoas não sabem, mas a celulose tem a cor marrom quando sai da fábrica”, explicou.

A fábrica vai usar a eletricidade renovável da nova fábrica de celulose da Suzano para produzir clorato de sódio.

“O clorato de sódio é um agente oxidante, usado para produzir dióxido de cloro para branqueamento da polpa de celulose. Ele é usado como um componente no processo de branqueamento, sendo uma etapa importante no processo de fabricação de celulose branqueada”, finalizou.

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