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Economia

Preços do feijão e da batata disparam e cesta tem a 5ª maior alta no País

Priscilla Peres e Liana Feitosa | 06/02/2015 14:30
Feijão foi o produto que mais subiu em janeiro, ficando 70% mais caro. (Foto: Marcelo Calazans)
Feijão foi o produto que mais subiu em janeiro, ficando 70% mais caro. (Foto: Marcelo Calazans)
Batata, um dos itens mais consumidos, está 46% mais caro. (Foto: Marcelo Calazans)
Batata, um dos itens mais consumidos, está 46% mais caro. (Foto: Marcelo Calazans)

A cesta básica para os campo-grandenses subiu 6,90% em janeiro, R$ 21,26 mais caro que em dezembro do ano passado. A batata e o feijão foram os produtos que mais encareceram a variação, com aumentos de 70% e 46% respectivamente, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

De acordo com a pesquisa a cesta básica de Campo Grande tem a 5° maior variação percentual entre as capitais, e em reais, a Capital tem a 9° maior variação. Em um ano, os consumidores tiveram que desembolsar R$ 41,01 a mais, passando de R$ 288,57 para os atuais R$ 329,58.

Dentro os 13 itens pesquisados, sete tiveram aumento de preço, com valores expressivos. Batata (70,52%), feijão (46,21%), tomate (15,18%), açúcar (2,50%), pão francês (2,06%), carne bovina (1,56%) e óleo de soja (1,53%) subiram. Enquanto que os produtores que ficaram mais barato são, farinha de trigo (6,06%), leite (4,63%), banana nanica (4,52%), café em pó (1,47%), manteiga (0,53%) e arroz (0,45%).

Para driblar o aumento nos itens da cesta básica, a aposentada Maria Fernandes recorre a alternativas para economizar. "Procuro por uma carne de segunda, dou preferência ao frango, substituo o tomate por extrato de tomate, se não houver restrição alimentar e a batata, por exemplo, posso substituir por mandioca", sugere.
"Enfim, vou driblando os preços e, claro, ao chegar em casa, cuido do armazenamento dos produtos. Tem que guardar tudo devidamente senão o desperdício acontece dentro da própria casa", alerta a aposentada.

Já a professora universitária Inês Souza afirma que é importante recorrer a alternativas mais econômicas para conseguir chegar ao final de cada mês. "O jeito é adaptar, substituir e deixar extravagâncias para momentos mais raros", completa.

Salário necessário - Todos os meses o Dieese estima o valor mínimo necessário para atender as despesas básicas e alimentar uma família. No primeiro mês de 2015, chegou-se a conclusão que é preciso R$ 3.118,62, valor R$ 143,07 maior que em dezembro do ano passado.

Já que para alimentar uma família de quatro pessoas, o valor da cesta básica chega a R$ 988,74, aumento de R$ 63,78 em relação a dezembro. Em Janeiro de 2014, a cesta básica para esta mesma família custou R$ 865,71, representando 1,20 o valor do salário mínimo bruto do período (R$ 724,00).

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