Previsão de queda na venda de Dia dos Pais contrasta com otimismo de empresários
CDL projeta R$ 103,95 milhões em faturamento, recuo de 14,5% em 2025
Mesmo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICE) voltando ao campo positivo em julho, o levantamento mais recente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) revela que o comércio de Campo Grande deve registrar retração nas vendas do Dia dos Pais de 2025. A previsão é de um volume de R$ 103,95 milhões em movimentação financeira, o que representa queda de 14,5% em relação ao ano passado.
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O comércio de Campo Grande deve registrar queda de 14,5% nas vendas do Dia dos Pais em 2025, totalizando R$ 103,95 milhões em movimentação financeira, segundo levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Apesar do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICE) ter atingido 100,3 pontos em julho, indicando otimismo, 70% dos consumidores planejam presentes mais modestos, com gasto médio de R$ 265. A retração é atribuída principalmente às dificuldades financeiras dos consumidores, especialmente servidores públicos.
A diferença de cenário entre a expectativa do setor e o comportamento do consumidor indica que a recuperação da confiança empresarial ainda não se reflete totalmente no consumo.
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De acordo com a pesquisa da CDL, o gasto médio com presentes subiu para R$ 265, e para comemorações, R$ 290. O aumento, porém, está associado à inflação de bens e serviços, e não ao aumento do consumo.
O estudo mostra que 70% dos entrevistados pretendem presentear na data, mas com escolhas mais comedidas. Outros 18% afirmaram que não devem comprar ou ainda estão indecisos, em grande parte por dificuldades financeiras. Servidores públicos, com renda comprometida por empréstimos e sem reajustes salariais, aparecem entre os mais afetados.
Entre os produtos mais procurados continuam roupas, calçados, eletrônicos e itens de perfumaria.
Por outro lado, a pesquisa do ICE, realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) com apoio do IPF/MS, mostra que o índice subiu para 100,3 pontos em julho, após quatro meses seguidos abaixo de 100, patamar que representa pessimismo.
O avanço sinaliza maior confiança dos empresários na economia e em seus próprios negócios. Ainda assim, o próprio levantamento aponta contradições: 32,2% dos entrevistados disseram que a situação atual do setor piorou muito, e 25,2% afirmaram o mesmo sobre suas empresas.