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Economia

Produtores adiantam comercialização da soja, mas negociam apenas 12% do previsto

Caroline Maldonado | 31/10/2014 07:57
Área de soja cultivada que era de 6,4% saltou para 30% nos últimos dias (Foto: Arquivo/Marcos Ermínio)
Área de soja cultivada que era de 6,4% saltou para 30% nos últimos dias (Foto: Arquivo/Marcos Ermínio)

Com as chuvas e o aumento na umidade no solo, a área de soja cultivada que era de 6,4% saltou para 30% nos últimos dias, atingindo 690 mil hectares dos 2,3 milhões previstos. O levantamento foi divulgado pelo Siga (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio) da Aprosoja (Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul).

Atingindo 50% da área, os municípios de Amambai e Aral Moreira foram os que mais avançaram no plantio da soja. Em seguida, com 45%, está o município de Dourados e com 40% estão Maracaju e Ponta Porã. Chapadão do Sul e Costa Rica já plantaram 35% do previso.

A comercialização do produto foi antecipada, mas segue em ritmo lento. Segundo a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), a negociação da oleaginosa alcançou apenas 12% da produção prevista para a safra 2014/15, de 6,3 milhões de toneladas, segundo a Granos Corretora. "No mesmo período do ano passado, o plantio estava em 67% e as vendas em 23%, o dobro do que foi vendido agora", conta o operador da Granos, Jorge Filho.

Para Jorge, devido a oscilação na Bolsa de Chicago é provável que nos próximos dias ocorra aceleração na comercialização da commodity, segundo o operador de mercado. "O pregão da Bolsa de Chicago (CBOT) vem apresentando resultados positivos nos últimos dias devido ao movimento dos investidores que encontram na soja uma oportunidade de mercado e pesando também a incerteza em relação ao atraso no plantio de soja na América do Sul, como consequência das condições climáticas", explica.

Segundo a Aprosoja, outro fator que explica o tom positivo nas cotações da CBOT é a demanda internacional também aquecida, principalmente por parte da China. O operador da Granos recomenda para que o produtor fique atento às oscilações da CBOT e do dólar para aproveitar os picos de altas na bolsa. Para acessar o último informativo do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio clique aqui. 

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