Quando erramos o Pix, negociar com quem recebeu ainda é o caminho mais eficaz
Ferramenta está cada vez mais prática, menos quando erramos o destinatário
Já podemos arriscar que a frase mais popular entre os brasileiros, atualmente, é: "manda um Pix". Com atualizações frequentes que tornam o serviço de transferência cada vez mais rápido, errar um dígito é o pior pesadelo de quem está pagando. Mas, o que fazer nessa situação?
RESUMO
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Errar um Pix pode ser um pesadelo para quem realiza a transferência, mas negociar diretamente com quem recebeu o valor ainda é a solução mais eficaz. O Banco Central não possui normas específicas para obrigar a devolução, mas a retenção indevida pode configurar apropriação indébita, conforme o Código Penal. Em casos de golpes, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) pode ser acionado, mas não se aplica a erros por desatenção. Para evitar problemas, é essencial redobrar a atenção ao realizar transferências. Utilizar QR Codes, verificar os dados antes de confirmar e evitar links suspeitos são práticas recomendadas. Quem recebe um Pix indevidamente pode devolver o valor diretamente pelo aplicativo do banco, evitando golpes e garantindo a resolução rápida do problema.
Deixando de lado os casos de golpes aplicados por criminosos, principalmente por meio de conversas no WhatsApp, o erro de digitação ainda é um risco. Alguns bancos reforçam a revisão dos dados antes de finalizar a operação, mas o hábito e a pressa acabam enganando o usuário, e é aí que os erros acontecem.
Segundo recomendação do Serasa, a orientação é tentar negociar diretamente com a pessoa que recebeu o valor errado. No entanto, a devolução não é garantida. O Banco Central não tem normas específicas para obrigar a devolução nesses casos, mas, conforme o Código Penal, ficar com o valor indevidamente pode configurar apropriação indébita.
Foi dessa forma que a campo-grandense Marili Campos da Silva, de 50 anos, conseguiu recuperar o dinheiro que transferiu por engano. Cozinheira, ela conta que, em um sábado à tarde, tentou enviar R$ 22 para a filha pagar uma conta, mas errou o último número do telefone usado como chave Pix.
"A sensação foi de falta de atenção. É preciso estar atento e conferir nos mínimos detalhes antes de finalizar. Apesar de ser um valor baixo, foi bem desconfortável", contou.
Segundo Marili, a situação também foi constrangedora para a pessoa que recebeu o Pix errado. "Ela ficou com medo de ser golpe. Quando entrei em contato, ela fez uma ligação de vídeo, porque o desconforto não é só para quem enviou errado, mas também para quem recebeu, que pode achar que está caindo em um golpe. Ela estornou logo em seguida", relatou.
Devolução em caso de golpe - Quando se trata de golpes, há um procedimento oficial para tentar recuperar o valor: o MED (Mecanismo Especial de Devolução), criado pelo Banco Central. A ferramenta pode ser acionada quando o pagador percebe que foi vítima de fraude ou em casos de falha operacional do sistema, como transações duplicadas.
Porém, o MED não pode ser acionado quando o erro é causado por desatenção do usuário, como digitação incorreta.
Quando receber - Quem recebe um Pix indevidamente pode resolver a situação com facilidade. Basta acessar o botão "Devolver", disponível na área Pix dos aplicativos bancários.
É importante realizar a devolução por meio dessa funcionalidade, e não enviando um novo Pix. Isso evita cair em golpes em que o estelionatário pede a devolução para outra chave e, ao mesmo tempo, abre um processo de estorno via MED, alegando fraude.
Prevenção - Como os processos de devolução não garantem que o dinheiro será recuperado, a melhor forma de evitar prejuízos é redobrar a atenção. Confira algumas dicas para realizar transferências com mais segurança:
Sempre que possível, faça o Pix usando QR Code, o que reduz o risco de erro.
Antes de confirmar a transação, verifique atentamente os dados.
Nunca faça um Pix a partir de links recebidos. Use sempre o aplicativo ou site oficial do banco.
Ao pagar por compras online, certifique-se de que a loja é confiável.
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