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Economia

Dólar sobe para R$ 5,55 após tensão entre governo e Congresso

Ibovespa caiu 1,02%, fechando aos 135.768 pontos nesta quarta-feira (25)

Por Gustavo Bonotto | 25/06/2025 18:48
Dólar sobe para R$ 5,55 após tensão entre governo e Congresso
Cédula do dólar. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar subiu para R$ 5,55 nesta quarta-feira (25), após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciar a votação do decreto que revoga o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

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Dólar fecha em alta, cotado a R$ 5,55, após tensão entre governo e Congresso. A votação na Câmara do decreto que revoga o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), surpreendeu o governo e gerou instabilidade no mercado. O Ibovespa caiu 1,02%, fechando aos 135.768 pontos, menor nível desde 9 de junho. A alta do dólar foi de 0,63%, refletindo a preocupação com o impacto da medida na arrecadação federal, estimada entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões em 2025. Governo estuda alternativas para compensar perdas, como bloqueio de recursos orçamentários, antecipação da venda de óleo da União no pré-sal e dividendos extras de estatais. A moeda americana operou em alta durante todo o pregão, atingindo R$ 5,57 na máxima do dia. Apesar da alta, o dólar acumula queda de 2,87% no mês e 10,11% no ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o aumento do IOF como forma de combater a evasão fiscal e financiar direitos sociais, enquanto o presidente da Câmara se posicionou contra o aumento de impostos. O mercado internacional reagiu à manutenção dos juros nos Estados Unidos e à possível retomada da guerra comercial com a Europa, mas o cenário interno ofuscou esses fatores.

A decisão surpreendeu o governo, provocou instabilidade no mercado e levou o Ibovespa a cair 1,02%, fechando aos 135.768 pontos, no menor nível desde 9 de junho. A alta da moeda foi de 0,63% no dia, em meio a temores sobre o impacto da medida na arrecadação federal.

A proposta em análise no Congresso pode reduzir a arrecadação entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões em 2025. Para compensar eventuais perdas, o governo considera bloquear mais recursos do Orçamento, antecipar a venda de óleo da União no pré-sal ou contar com dividendos extras de estatais.

O dólar comercial operou em alta desde a abertura do pregão. Na máxima do dia, atingiu R$ 5,57 por volta das 12h30, antes de desacelerar. A cotação encerrou o dia a R$ 5,554, o maior nível desde 10 de junho. Apesar da alta pontual, a moeda acumula queda de 2,87% no mês e de 10,11% no ano.

No mercado de ações, o Ibovespa recuou 1,02% diante da insegurança fiscal provocada pela votação. A expectativa era de que a Câmara aguardasse a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas, prevista para 22 de julho, antes de tomar uma decisão.

Em meio ao atrito político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o decreto. Ele afirmou que o aumento do IOF combate a evasão fiscal dos mais ricos e ajuda a financiar os direitos sociais. Já o presidente da Câmara declarou que a Casa não aceitará aumento de imposto como forma de resolver o problema fiscal do governo.

No cenário internacional, o mercado reagiu à manutenção dos juros nos Estados Unidos, à possível retomada da guerra comercial com a Europa e ao segundo dia de cessar-fogo entre Israel e Irã. Esses fatores, no entanto, foram ofuscados pela instabilidade política no Brasil.

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