“Temos um Mississipi à disposição”, diz Riedel sobre hidrovia do Rio Paraguai
Governador comparou oportunidade logística de MS à principal via de escoamento por água utilizada pelos EUA
Depois de acompanhar de perto o processo logístico para exportar minério de Corumbá para China, com saída pela costa do Uruguai, o governador Eduardo Riedel (PSDB) não perdeu tempo e já ‘vendeu’ o projeto de investimentos para viabilizar a hidrovia do Rio Paraguai, nesta sexta-feira (16), no Rio de Janeiro (RJ).
Riedel foi um dos dez governadores a participar do painel “Desenvolvimento regional: gerando emprego e renda”, do 23º Fórum Empresarial Lide. O evento contou com uma plateia formada por empresários, governadores e demais líderes nacionais.
Ele destacou o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 6,6% no ano passado de Mato Grosso do Sul, que criou um ambiente de negócios tido como "absolutamente amigável" para atrair o capital privado, como explicou o governador. A gestão tucana investiu 18% da RCL (Receita Corrente Líquida) em infraestrutura.
"Este é o foco pois é o que dá competitividade para o Estado, que está lá no extremo do Brasil, a fronteira com o Paraguai e com a Bolívia, e que tem um Mississipi à disposição", argumenta, fazendo referência ao rio Mississipi, onde está instalada a principal hidrovia dos Estados Unidos, escoando grande parte da produção primária daquele país.
Agenda verde – O governador ressaltou também a importância de o Brasil ter um alinhamento com a agenda global. Dentre os temas destacados estão a segurança alimentar, a transição energética e a sustentabilidade ambiental.
"Quando fala de transição energética, o Brasil dá aula em qualquer lugar do mundo por ter desenvolvido ao longo dos anos uma matriz altamente sustentável diante da demanda cada vez maior", disse Riedel.
Mato Grosso do Sul é um exemplo de como tem feito a transição na prática com etanol de cana e do milho e avança na produção de biogás a partir da vinhaça, novidade que abre grandes oportunidades.
Riedel lembrou que 9% do território brasileiro é ocupado pela agricultura e o país é capaz de alimentar, sem agressão às reservas ambientais, 800 milhões de pessoas "Quando se fala de sustentabilidade não precisa nem dizer, pois falamos de água, balanço de carbono e preservação de biomas. Podemos ir de cabeça erguida discutir esses temas também. Em todos eles, Mato Grosso do Sul também está de cabeça erguida", destacou.
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