ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  24    CAMPO GRANDE 25º

Economia

Valor da saca de soja sofre retração de 1,3% na primeira semana de novembro

Elci Holsback | 12/11/2016 08:30

O valor da saca de soja apresentou retração no valor de comercialização na primeira semana de novembro de 2016, se comparado ao mesmo período de 2015.

No início deste mês, o preço médio da soja teve queda de 1,3%, com a saca cotada a R$ 66,00. Em relação a novembro do ano passado, a retração foi de 9,4%. 

Segundo o analista econômico do Sistema Famasul, Luiz Eliezer Gama, a queda em relação a novembro de 2015 é justificada pela desvalorização do preço no mercado internacional ao longo desse ano, uma vez que há grande oferta. “Os Estados Unidos estão com produção recorde, que já ultrapassa 118 milhões de toneladas”, destaca. O analista detalha ainda que os preços do mercado interno recuaram em função do mercado pouco movimentado. “O produtor está mais concentrado no plantio da próxima safra, e observa com cautela a volatilidade do mercado internacional e o sobe e desce da taxa de câmbio”, esclarece o economista.

A projeção para a safra brasileira também é de produção recorde. “O plantio está se desenvolvendo e a produção deve ser colhida mais cedo. A expectativa é de que o preço fique menor, mas também irá depender muito do movimento do câmbio e da relação de oferta e demanda”, avalia.

Já o milho encerrou o período com a saca cotada, em média, a R$ 29,25, queda de 5,65%. No comparativo com novembro do ano passado houve alta nominal de 25%. Essa queda do preço do milho também é devido à queda cambial que ocorreu no período.

Em relação a novembro do ano passado, Luiz Eliezer Gama explica que o excesso de exportações no primeiro quadrimestre deste ano e a quebra da safra do milho também influenciou positivamente no preço do mercado interno.

A projeção para os próximos meses é de patamar elevado. “Apesar das expectativas de recuperação da produção, o déficit no mercado interno continua grande”, avalia. 

Nos siga no Google Notícias