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Economia

Varejo de Mato Grosso do Sul registra segunda queda no ano, aponta IBGE

Setor apresenta retração de 0,7% em julho ante junho, enquanto cenário nacional mostra instabilidade

Por Jhefferson Gamarra | 11/09/2025 13:22
Varejo de Mato Grosso do Sul registra segunda queda no ano, aponta IBGE
Comércio varejista de materiais para construção em bairro da Capital (Foto: Osmar Veiga)

O comércio varejista de Mato Grosso do Sul registrou em julho de 2025 sua segunda queda no ano, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (11). A PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), que acompanha o desempenho conjuntural do varejo brasileiro, mostra que o volume de vendas no estado caiu 0,7% na comparação com junho, na série com ajuste sazonal, revertendo o leve crescimento de 0,1% observado no mês anterior.

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O comércio varejista de Mato Grosso do Sul registrou queda de 0,7% em julho de 2025, segundo o IBGE, marcando a segunda retração no ano. Apesar disso, na comparação anual, houve crescimento de 1,6%. O setor ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, também recuou 0,7%, mas avançou 2,5% frente a julho de 2024. No cenário nacional, 16 estados tiveram quedas no varejo restrito, enquanto oito apresentaram crescimento. O varejo ampliado teve desempenho melhor, com 22 estados em alta. Analistas destacam a necessidade de políticas de estímulo e estratégias para enfrentar a volatilidade do mercado consumidor.

Apesar da retração mensal, o levantamento aponta que, na série sem ajuste sazonal, houve alta de 1,6% frente a julho de 2024. No acumulado do ano, o varejo sul-mato-grossense mantém estabilidade (0,0%), e nos últimos 12 meses registra leve crescimento de 0,7%. Já o chamado comércio varejista ampliado, que engloba também veículos, motos, peças, material de construção e o atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou igualmente queda de 0,7% em julho (com ajuste sazonal). Na comparação com julho de 2024, contudo, houve avanço de 2,5%. No acumulado do ano, o setor ampliado cresce 0,7%, mas acumula queda de 1,4% em 12 meses

No contexto nacional, a pesquisa do IBGE revela um cenário de instabilidade e disparidades regionais. Entre junho e julho de 2025, 16 das 27 unidades da federação registraram taxas negativas no comércio varejista restrito. As maiores quedas ocorreram em Rondônia (-2,2%), Minas Gerais (-1,1%) e Paraíba (-1,0%). Por outro lado, oito estados apresentaram crescimento, com destaque para Amapá (3,9%), Distrito Federal (0,9%) e Sergipe (0,8%). Já Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul ficaram estáveis (0,0%)

Quando se observa o varejo ampliado, os resultados são mais positivos: 22 unidades da federação tiveram avanço no volume de vendas, com destaque para Mato Grosso (7,1%), Amapá (4,4%) e Distrito Federal (4,2%). Apenas cinco estados apresentaram queda, entre eles Espírito Santo (-2,6%), Roraima (-2,1%) e Mato Grosso do Sul (-0,7%).

Na comparação anual (julho de 2025 contra julho de 2024), 20 estados registraram crescimento no varejo restrito, com destaque para Amapá (8,5%), Santa Catarina (5,4%) e Mato Grosso (4,9%). No lado oposto, Tocantins (-11,8%), Rio de Janeiro (-1,7%) e Goiás (-1,3%) puxaram os resultados negativos. Já no varejo ampliado, 17 estados cresceram, com Mato Grosso (9,7%), Amapá (8,9%) e Roraima (4,8%) liderando os avanços, enquanto São Paulo (-7,5%), Goiás (-5,0%) e Rio Grande do Sul (-4,2%) tiveram as maiores retrações

Os dados reforçam o ambiente de cautela no setor varejista em 2025, marcado por oscilações e desigualdades regionais no ritmo de recuperação. No caso de Mato Grosso do Sul, a sequência de resultados negativos indica desafios adicionais para empresários e trabalhadores do comércio, especialmente diante de um mercado consumidor ainda volátil e sensível a fatores como crédito, inflação e renda.

Analistas destacam que a tendência para os próximos meses dependerá de políticas de estímulo à atividade econômica, do comportamento da inflação e da confiança dos consumidores. Para os agentes do setor, o momento exige estratégias de contenção de custos, diversificação de canais de venda e atenção às mudanças no perfil de consumo da população.