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Economia

Zeca classifica formação de milícias como “um atentado à democracia”

Lidiane Kober e Bruno Chaves | 20/11/2013 14:04
Zeca conversa com presidente da Fetems, Roberto Botarelli, durante evento no MPF (Foto: Pedro Peralta)
Zeca conversa com presidente da Fetems, Roberto Botarelli, durante evento no MPF (Foto: Pedro Peralta)

Do lado de movimentos sociais em protesto no MPF (Ministério Público Federal), o vereador Zeca do PT classificou, nesta quarta-feira (20), como um “atentado à democracia” a realização de leilões para arrecadar fundos a fim de bancar a contratação de seguranças para proteger as fazendas de ocupações indígenas.

“Montar milícias para matar os outros é um atentado à democracia”, avaliou o petista. Para ele, os produtores rurais precisam se unir contra a inércia do governo na busca por solução para o conflito por terras.

“Se os produtores são contra as invasões deveriam ocupar o palácio da presidente Dilma e fazer protesto contra os governos estadual e federal”, disse. “Mas os fazendeiros tem medo do André (governador André Puccinelli), ninguém fala nada para ele”, completou. “Cobrem do ministro e não se juntem em milícias para matar os índios”, concluiu.

Hoje, representantes de movimentos sociais foram ao MPF para entregar documento, pedindo providências contra os leilões dos produtores. Eles cobram apoio da Polícia Federal e da Justiça para “evitar o armamento pela falsa premissa de defesa”.

Só no primeiro leilão, os fazendeiros conseguiram 500 cabeças de gado para vender em evento, previsto para dezembro. Eles rejeitam o termo milícias e classificam os leilões como uma forma de chamar a atenção do governo, além disso, confirmam a intenção de arrecadar fundos para bancar ações contra as ocupações, como a contratação de seguranças e advogados.

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