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Educação e Tecnologia

Adolescentes não têm apoio para lidar com redes sociais, diz pesquisa

Pais defendem a presença de psicólogos nas escolas para mudar este cenário

Por Luciano Nascimento, da Agência Brasil | 11/05/2025 09:38
Adolescentes não têm apoio para lidar com redes sociais, diz pesquisa
Pesquisa indica que controle dos pais é maior para crianças menores de 12 anos (Foto/Arquivo/EBC)

Pesquisa realizada em abril mostrou que 90% dos brasileiros maiores de 18 anos que têm acesso à internet acreditam que adolescentes não recebem o apoio emocional e social necessário para lidar com o ambiente digital, em especial as redes sociais. Foram ouvidos no levantamento mil brasileiros conectados de todas as regiões e classes sociais, com 18 anos ou mais.

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Uma pesquisa realizada em abril revelou que 90% dos brasileiros com mais de 18 anos e acesso à internet acreditam que adolescentes carecem de apoio emocional e social para enfrentar o ambiente digital, especialmente nas redes sociais. O estudo, que ouviu mil pessoas de diversas regiões e classes sociais, aponta que 70% defendem a presença de psicólogos nas escolas.Além disso, 57% dos entrevistados consideram o bullying e a violência escolar como os principais desafios de saúde mental enfrentados pelos jovens, seguidos pela depressão e ansiedade (48%) e pressão estética (32%). A pesquisa, realizada pelo Porto Digital em parceria com a Offerwise, destaca a importância de humanizar a tecnologia e criar espaços de acolhimento e orientação para pais e filhos.

A margem de erro é de 3 pontos percentuais para o total da amostra, considerando um intervalo de confiança de 95%.

Segundo a pesquisa, 9 em cada 10 brasileiros acreditam que os jovens não têm apoio emocional e social suficiente, enquanto 70% defendem a presença de psicólogos nas escolas como caminho essencial para mudar esse cenário.

O levantamento foi realizado pelo Porto Digital, em parceria com a Offerwise, empresa especializada em estudos de mercado na América Latina e no universo hispânico, a partir da repercussão de um seriado que abordou o lado sombrio da juventude imersa no mundo digital e o abismo entre pais e filhos, a série Adolescência, da Netflix.

Para 57% dos entrevistados, o bullying (agressão intencional e repetitiva, que pode ser verbal, física, psicológica ou social, para intimidar uma pessoa) e violência escolar são um dos principais desafios de saúde mental. Também estão entre os principais desafios atualmente enfrentados pelos jovens a depressão e a ansiedade (48%) e a pressão estética (32%).

Essa pesquisa evidencia que não basta discutir inovação tecnológica – é preciso humanizá-la e colocá-la a serviço da sociedade”, disse. “O futuro da inovação está diretamente ligado à forma como cuidamos dos nossos jovens. Não basta impulsionar avanços tecnológicos — é fundamental criar pontes entre a tecnologia e a transformação social real”, afirmou o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena.

A pesquisa mostra que uma das ferramentas usadas pelos pais é o controle do tempo de navegação na internet. Segundo o estudo, entre crianças de até 12 anos, o controle tende a ser mais rígido e constante, inclusive com o uso de mecanismos de monitoramento. No entanto, apenas 20% dos pais responderam que pretendem usar futuramente alguma ferramenta de controle.

Já entre os adolescentes de 13 a 17 anos, a supervisão tende a diminuir. Os pais ainda acompanham, mas de forma mais flexível, permitindo maior autonomia.

Para o diretor-geral da Offerwise, Julio Calil, o cenário mostra a necessidade de desenvolvimento de espaços de acolhimento e orientação, tanto para os pais quanto para os filhos, como alternativas para proteção no ambiente digital.

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