Aos 12 anos, estudante de MS fica entre os 10 melhores do Brasil em robótica
Mesmo não selecionado em competição municipal, aluno conquista ouro na MaratonaTech 2025
O estudante Eduardo Arevalo Costa, de 12 anos, conquistou um feito raro para Mato Grosso do Sul. Aluno do 7º ano do CEM (Centro de Educação Municipal) Criança Esperança II, em Rio Brilhante, a 162 km de Campo Grande, ele ficou entre os dez melhores do Brasil na MaratonaTech 2025, uma das maiores competições nacionais de tecnologia educacional, que reuniu representantes de 5 mil escolas brasileiras.
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Eduardo Arevalo Costa, estudante de 12 anos de Rio Brilhante (MS), conquistou medalha de ouro na MaratonaTech 2025, uma das maiores competições nacionais de tecnologia educacional. O aluno do 7º ano ficou entre os dez melhores do Brasil, em um universo de 280 mil projetos inscritos. O projeto vencedor, denominado "Autochamada", propõe um sistema de chamada automática com identificação facial. Desenvolvido no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (CIETEC), o sistema visa aumentar a segurança escolar e otimizar o tempo em sala de aula, podendo ser implementado na rede municipal já no próximo ano.
Eduardo foi medalhista de ouro na categoria nível 1, destinada a alunos do 6º e 7º anos, e foi o único estudante de Mato Grosso do Sul a figurar entre os dez melhores do país, em um universo de 280 mil projetos inscritos. O resultado deu projeção nacional ao jovem, que viu seu trabalho ganhar destaque mesmo após não ter sido escolhido entre os vencedores do programa municipal que selecionou projetos para um congresso internacional em Recife (PE).
A participação na MaratonaTech aconteceu por indicação da escola. O projeto havia sido desenvolvido inicialmente em grupo, dentro de uma proposta de competição. Na primeira fase, os alunos passaram por um desafio em equipe na própria escola. Já na segunda, Eduardo avançou para a competição nacional individual.
Autochamada - O projeto que levou Eduardo ao pódio nasceu de um desafio proposto pela professora de matemática, Thais Zanatta, que é orientadora do CIETEC (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia). Ela propôs aos alunos que identificassem um problema da escola ou do bairro e criassem uma solução. Assim surgiu o “Projeto Autochamada”, um sistema de chamada automática com identificação facial.
A proposta prevê a instalação de um equipamento na porta da sala de aula, capaz de reconhecer automaticamente os alunos, com auxílio de inteligência artificial A medida garante mais segurança, impedindo a entrada de pessoas estranhas, e torna o processo de chamada mais rápido. Com isso, segundo Eduardo, o professor pode ter mais tempo para trabalhar o conteúdo em sala.
“Eu fiquei muito feliz por ganhar um prêmio de nível nacional e também gostei bastante de conhecer São Paulo, nunca tinha ido”, contou o estudante, que passou três dias na capital paulista acompanhado da professora. A ida a São Paulo ocorreu apenas para a premiação, já que toda a competição foi realizada de forma online. Durante a viagem, eles visitaram centros de tecnologia, como a Intel, conheceram a faculdade Insper e participaram de uma palestra com o ex-ministro da Educação Cristovam Buarque.
Orgulho - A mãe do estudante, Ivana Arevalo Oliveira, professora de Língua Portuguesa, se diz radiante com a conquista do filho. Ela conta que a curiosidade de Eduardo pela tecnologia vem de casa. “O pai é da área de TI (Tecnologia da Informação), e desde pequeno ele sempre perguntou, sempre foi curioso. Gosta de jogos, é estudioso, tira ótimas notas. A robótica instigou ainda mais essa curiosidade”, relata. Segundo ela, a diversão do filho é passar horas no computador pesquisando e inventando coisas relacionadas à robótica.
A robótica - O primeiro contato de Eduardo com a robótica aconteceu no ano passado. Neste ano, a atividade passou a ser desenvolvida dentro do CIETEC, inaugurado pelo município. Desde então, o envolvimento aumentou.
Eduardo afirma que a robótica é sua matéria preferida, por estar ligada à matemática, disciplina com a qual se identifica. “Quero ser programador no futuro”, afirma. A influência do pai, segundo ele, foi determinante para o gosto pelas áreas de exatas.
Para o prefeito de Rio Brilhante, Lucas Foroni, a conquista do estudante representa um dos momentos mais marcantes da atual gestão. “É um dos momentos mais felizes quando a gente fala das conquistas dos nossos alunos e de proporcionar um ambiente para que isso aconteça”, afirmou. Ele destacou que o Centro de Inovação foi inaugurado neste ano com foco em startups, inovação, programação e desenvolvimento de soluções para problemas reais da sociedade e das escolas.
Segundo o prefeito, o projeto de Eduardo havia participado do programa municipal “Embarque Digital”, que selecionou três grupos para um congresso internacional em Recife (PE), mas não foi um dos escolhidos naquela ocasião. Ainda assim, todos os projetos inscritos no programa foram cadastrados na MaratonaTech, incluindo o do estudante. “Entre 280 mil inscrições, o projeto do Eduardo foi um dos 10 medalhistas de ouro do Brasil”, ressaltou.
Foroni também destacou que o sistema desenvolvido pelo aluno é de baixo custo e pode ser aplicado na rede municipal já no próximo ano, ampliando a segurança e a gestão escolar por meio do reconhecimento facial. “Ele teve oportunidade através dos nossos projetos e mostrou que investir em educação e inovação transforma vidas a longo prazo”, afirmou.
Premiados de MS - Além de Eduardo, outros estudantes de Mato Grosso do Sul também foram premiados na MaratonaTech, todos com medalhas de bronze. São eles: Pedro Meneses Alves, do Sesc Escola Horto, em Campo Grande; Rayanne Eduarda de Lima Machado, da Escola Municipal Euclides da Cunha, de Rio Brilhante; e Raissa Soto, da Escola Estadual Salomé de Melo Rocha, de Guia Lopes da Laguna.
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