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Educação e Tecnologia

Robótica chega às escolas de MS e melhora desempenho dos alunos

Projeto aumenta notas e aproxima alunos de carreiras tecnológicas

Por José Cruz | 07/11/2025 09:30
Robótica chega às escolas de MS e melhora desempenho dos alunos
Tecnologia e inovação fortalecem o protagonismo estudantil e desenvolvem competências digitais nas escolas de Mato Grosso do Sul (Fotos: Ricardo Agra/SED)

Salas de aula que antes tinham giz e caderno agora dividem espaço com sensores, motores e robôs. A rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul está apostando na robótica educacional como ferramenta para melhorar o aprendizado — e os resultados já começaram a aparecer.

RESUMO

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A rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul implementou laboratórios de robótica educacional em diversas escolas, equipados com kits Arduino, sensores e materiais para construção de robôs. A iniciativa, alinhada às diretrizes da BNCC, já apresenta resultados positivos no desempenho dos alunos, especialmente em física.Os estudantes desenvolvem projetos práticos, como robôs seguidores de linha e dispositivos de limpeza, combinando programação e montagem em trabalhos colaborativos. A experiência tem motivado os jovens a criar soluções tecnológicas para problemas reais, estimulando criatividade e autonomia no processo de aprendizagem.

A SED (Secretaria de Estado de Educação) tem instalado laboratórios em diversas escolas do Estado, com kits que permitem aos estudantes programar, criar protótipos e resolver problemas de forma prática. A iniciativa integra políticas nacionais de educação digital e atende às diretrizes da BNCC.

Tecnologia que muda a rotina

As escolas receberam kits com placas Arduino, sensores de toque, de presença e de linha, além de motores e todo o material necessário para construir robôs. Professores passaram por formação e agora planejam atividades conectadas ao conteúdo.

“Depois da implantação, vimos melhora principalmente em física. Os estudantes ficam mais motivados”, afirma a coordenadora de práticas inovadoras, Rita de Cássia Lanza.
A escola onde ela atua já se organiza para inaugurar um espaço maker e promover o primeiro campeonato interno de robótica, com jurados da Olimpíada Brasileira de Robótica.

Estudar com as mãos

Caroline Lopes Alves da Silva, 16 anos, entrou no projeto por acaso. Hoje, é uma das mais empolgadas.

“No começo, só acompanhei um colega. Agora adoro. A robótica ajuda a entender a teoria. A professora fala uma coisa na física e a gente lembra da montagem”, diz.

A estudante também destaca a parte humana da tecnologia. “Os robôs podem facilitar a vida de quem tem deficiência. Dá vontade de criar coisas para melhorar o mundo.”

Willer Gomes dos Santos, 17, também se encontrou na robótica. Desde criança, desmontava tudo o que via pela frente.
“Já fiz um robô de limpeza. O melhor é ver funcionando depois do trabalho. Cada aula é um desafio”, conta.

Quando a lógica vira diversão

João Augusto Rossato da Silva, 16, prefere a programação.

“A gente aprende fazendo. Construímos um robô seguidor de linha que identifica o caminho sozinho. É uma aula diferente, divertida”, diz o estudante.

O trabalho em equipe também é destaque entre os alunos. Quem tem mais facilidade em programação ajuda quem entende mais de montagem — e vice-versa.

Educação ligada ao futuro

A robótica se tornou um ponto de encontro entre tecnologia e aprendizagem.
Gera autonomia, estimula a criatividade e mostra aos alunos que eles podem ir muito além do quadro e do livro.

Com laboratórios equipados e cada vez mais jovens interessados, a rede estadual quer formar estudantes que, no futuro, não só usem tecnologia — mas criem soluções reais para a vida de muita gente