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Educação e Tecnologia

Sem redação, candidatos confiam no tempo para bom desempenho no 2º dia de Enem

No domingo passado, o terror foi a redação; hoje, o medo é com a Matemática

Por Ângela Kempfer e Idaicy Solano | 12/11/2023 11:15
Lotação na frente da UCDB, antes da abertura dos portões. (Foto: Paulo Francis)
Lotação na frente da UCDB, antes da abertura dos portões. (Foto: Paulo Francis)

Engarrafamento em avenidas que dão acesso aos pontos de prova do Enem começaram por volta das 11 horas em Campo Grande. Na Ceará, a fila de veículos rumo à sede da Uniderp passava do pontilhão no cruzamento com a Afonso Pena. Mas às 10h30 muitos já esperavam a abertura dos portões para o segundo dia do Exame Nacional.

Do time dos inscritos que seguem na batalha pelo bom desempenho no Enem neste domingo (12), os primeiros a chegar aos locais de prova foram os adolescentes, que fazem o Exame pra valer este ano, depois de participações apenas como treino.

Com a Matemática como desafio da vez, o segundo dia de provas divide quem busca a faculdade de humanas dos que optaram pelos cursos de ciências exatas. Para o primeiro grupo, o dia é bem menos amedrontador, porque o pânico da redação já ficou para trás.

Da “turma de humanas”, Benedito Carlos do Nascimento, 17 anos, diz não ter medo dos conteúdos de ciências exatas, justamente pelo tempo extra para pensar. “Vai ser mais calmo e tranquilo pra fazer as questões, eu espero fazer a prova num tempo razoável, né? Eu sei que não é a minha área, mas eu espero ir bem hoje”.

Engarrafamento na Ceará, no acesso a Uniderp. (Foto: Maristela Brunetto)
Engarrafamento na Ceará, no acesso a Uniderp. (Foto: Maristela Brunetto)

Uma semana depois da tão temida redação, os candidatos conseguem avaliar melhor como se saíram no principal quesito em busca de uma vaga na universidade, que em 2023 exigiu texto sobre " os desafios para enfrentar a invisibilidade do trabalho de cuidado das mulheres no Brasil."

Apesar de achar um tema bem pertinente, importante de ser falado, de ser citado, Benedito lembra que o tema foi algo bastante inesperado, diante dos debates que teve durante a preparação para as provas. “Levei um susto na hora que eu abri a prova, que foi a primeira coisa que eu fui ver quando eu iniciei. Mas eu acredito que eu tenha ido razoavelmente bem".

Beatriz Dias Dalmati, 16 anos, ainda está concluindo o Ensino Médio e agradece já ter passado pela fase da redação, o que a deixa mais tranquila neste domingo. Ela também gostou do tema. “Mas foi um choque. Todo mundo estava preparado para tanta coisa, mas é um tema muito importante, tem que ser falado também. Mas foi um tema que eu fiquei: Eita, não estava esperando.”

A redação é a "boia salva-vidas" dos candidatos, como a própria Beatriz e Benedito relataram, já que ambos esperam uma boa nota na redação para conseguirem vaga no curso de Direito.

Júlia Márcia Moreira Branco, 17 anos, vai fazer a prova na UCDB. (Foto: Paulo Francis)
Júlia Márcia Moreira Branco, 17 anos, vai fazer a prova na UCDB. (Foto: Paulo Francis)

Já para quem se candidatou a uma vaga em curso de exatas, o estresse continua alto. Júlia Márcia Moreira Branco, 17 anos, avalia que o segundo dia de prova é mais esperado. “A gente está morrendo de medo, mas espero que vá fazer uma boa prova sim”.

Na primeira fase, do total de inscritos, 29,9% não apareceram. Por isso, 33 mil em Mato Grosso do Sul seguem no processo que pode garantir o acesso ao Ensino Superior.

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