Fim da obrigatoriedade da autoescola divide opiniões, mas 60% apoiam proposta
Pesquisa mostra 60% dos leitores favoráveis à mudança e 40% contrários à exigência
Uma proposta em estudo pelo governo federal reacendeu um debate antigo: a obrigatoriedade de frequentar autoescola para obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). No Campo Grande News, a enquete lançada sobre o tema mostrou maioria favorável à mudança. Ao todo, 60% dos leitores disseram ser a favor do fim da exigência, enquanto 40% foram contra.
RESUMO
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Governo estuda fim da obrigatoriedade de autoescolas para tirar CNH, gerando debate acalorado. Leitores do Campo Grande News se dividem, com 60% a favor da mudança e 40% contra. Principal argumento favorável aponta para os altos custos de habilitação, considerados abusivos por muitos. Críticas se concentram nos valores cobrados por autoescolas e Detran. Leitores sugerem alternativas como aulas teóricas no ensino médio e práticas avaliadas diretamente pelo Detran, além da redução de taxas, especialmente para reprovações. Há ainda quem defenda a liberdade de escolha, com a manutenção de exigências mínimas de segurança.
Nos comentários da publicação, o tema gerou uma enxurrada de críticas – não à formação no trânsito em si, mas aos altos custos para se habilitar. A insatisfação com o valor cobrado por aulas, exames e taxas do Detran foi o tom dominante. “Sou a favor sim. Isso é uma máfia. Não ensina, só recebe. Os caras não fazem manutenção nos veículos nem sinal. Aqui, sinal é acessório”, reclamou o leitor Ézio Martins.
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Outros leitores defenderam a liberdade de escolha, desde que mantidas exigências mínimas para garantir a segurança no trânsito. “Quem quiser vai lá e faz autoescola. Ninguém falou em acabar, e sim em não ser obrigatório. Também sou a favor de aumentar as punições para infrações graves”, ponderou Herivelton Ibanes.
Há também sugestões de reestruturação da formação. Vera Lúcia da Silva defendeu que a teoria seja ensinada no ensino médio e que a prática seja avaliada diretamente no Detran, com aulas extras apenas para quem reprovar. Já Leonisia Maria propôs “redução das taxas, principalmente a de reprovação”.
A crítica aos custos também apontou para as taxas cobradas pelo próprio Estado. “Diminuir as taxas do Detran, aulas caríssimas das autoescolas, isso sim”, comentou Sileis Andrade. Willian Tonet foi além: “Não deveria acabar com as autoescolas, mas sim taxar menos. O Detran virou máquina de arrecadar”.
Segundo reportagem publicada na última segunda-feira (29), o governo federal estuda liberar o processo de habilitação para que o cidadão possa se preparar por conta própria, sem a necessidade de se matricular em uma autoescola. Ainda não há proposta formal, mas o tema já é alvo de projetos de lei no Congresso Nacional.
Enquanto isso, em Campo Grande, o assunto parece tocar diretamente em um nervo sensível: o bolso. Para muitos leitores, o problema não está em aprender, mas em pagar caro por isso.
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