Leitores acham que governo federal não vai interferir no aumento de combustíveis
Maioria das respostas, cerca de 65%, são dos que votaram que o ente federal "vai deixar como está" o preço
Maioria dos leitores que responderam enquete do Campo Grande News, cerca de 65%, afirmam que o governo federal vai "deixar como está" a questão dos combustíveis no País. Ainda segundo resultado, 19% acham que o ente federal vai subsidiar preços e os demais 16% vão tabelar a precificação.
Na última semana, a Petrobras anunciou reajuste de 18,8% para a gasolina e de 24,9% para o diesel como resultado da alta do petróleo internacional, um reflexo direto de sanções econômicas à Rússia em retaliação à decisão de invadir a Ucrânia.
O leitor Amaury Frattini questiona o que a estatal, os governos estaduais e os donos de postos farão a respeito da situação. Já o leitor Moura Rodrigues avalia que atual gestão federal não fará nada sobre isso: "se não fez em três anos, não vai ser em sete meses que vai fazer".
Segundo cálculo da Petrobras, atualizado em 12 de março, o preço do diesel é composto por cinco fatores: custo da Petrobras (R$ 3,26, em média), impostos federais, o CIDE, PIS/PASEP e Cofins (R$ 0,33), custo biodiesel (R$ 0,67), distribuição e revenda (R$ 0,86) e o imposto estadual, o ICMS (R$ 0,79).
Já a média da composição do valor da gasolina feita por custos da Petrobras (R$ 2,37), impostos federais (R$ 0,69), custo etanol anidro (R$ 0,90), distribuição e revenda (R$ 0,97) e ICMS (R$ 1,75).
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), levantados pelo Campo Grande News, o preço médio do litro da gasolina passou de menos de R$ 3 para mais que R$ 6,50, em um período de 10 anos.
Vale ressaltar que o salário mínimo sofreu reajustes, ao longo do tempo, que podem influenciar nesta análise. Ainda assim, após último aumento de preços da estatal, o combustível já tem sido vendido a valores acima de R$ 7, em vários lugares, e até acima de R$ 8, em alguns locais do Estado.