Maioria conhece algum homem que cometeu violência contra mulher
"Infelizmente, vários!", entre várias afirmações lotaram a rede social do Jornal
O terceiro feminicídio do ano no Estado foi registrado na noite desta terça-feira (18). Juliana Domingues, de 28 anos, foi assassinada com golpes de facão. Em semana que o assunto está em todas as rodas de conversas, o Campo Grande News resolveu fazer duas enquetes e compará-las.
Primeiro perguntamos: "Você conhece alguma mulher que foi vítima de violência?" e os relatos inundaram as nossas redes sociais. Enquanto 76% respondeu sim para a pergunta anterior, 78%, conforme resultado apurado nesta quarta-feira (19), relatou conhecer homens agressores.
As marcas da violência contra mulher vão além dos golpes, passos antes de somar a estatística de feminicídio, os abusos ocorrem de muitas formas. O preconceito contra as mulheres piora com banalização e promoção o silêncio das vítimas. Reconhecer os sinais de violência é importante para evitar que casos se repitam e caiam no esquecimento, como também buscar ajuda.
Difamação e calúnia, ao espalhar algo que pode manchar a reputação, já é considerado uma forma de violência. Não é comum ser exposta ao ridículo em público ou não nas redes, humilhação pública é um sinal de violência moral. Se o homem gera sentimento constantemente de culpada, inútil, ou obriga a afastar de amigos e familiares controlando quem você se relaciona, reconheça como agressor, pois isso configura violência psicológica.
Desconforto físico, medo de intimidade, ou relutância em falar sobre sua vida sexual pode ser um sinal para reconhecer vítimas de violência sexual. Essa violência vai além do estupro, obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto, impedir métodos contraceptivos ou forçar matrimônio também são alguns exemplos. Já a violência física é qualquer ação que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, como atirar objetos ou apertar braços.
A leitora Aline Coelho relatou nas redes socias, "Não só conheço, como passei e enfrentei diversas situações! Vejo vários comentários julgando, mas o que as pessoas não sabem é que maioria das mulheres voltam por causa da dependência emocional e financeira". Se o agressor controla seu dinheiro ou te priva de bens, ou recursos econômicos, é um sinal de violência patrimonial.
A maioria respondeu à enquete que já conheceu algum homem que cometeu violência contra mulher, a partir desse conhecimento, como lidar com essa pessoa pode ser um fator determinante na contribuição de casos assim se repetirem.
Em situações de urgência, se presenciar uma violência contra mulher ou se você estiver em perigo, ligue 190 e chame a Polícia Militar. Se quiser fazer uma denúncia sem sair de casa, ligue 180 para a Central de Atendimento a Mulher, ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, e pode ser feita anônima.
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