Quase metade dos responsáveis admite não controlar o tempo de tela das crianças
Pesquisa informal também mostrou que 27% definem horários fixos por dia
Em tempos de celulares, tablets e vídeos por streaming, controlar o tempo que crianças passam diante das telas virou um desafio para muitas famílias — e, segundo os próprios cuidadores, nem sempre é vencido. De acordo com enquete realizada pelo Campo Grande News, 43% dos participantes afirmaram que não controlam o tempo de uso de telas pelas crianças sob sua responsabilidade.
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A pesquisa informal também mostrou que 27% definem horários fixos por dia, 21% utilizam aplicativos para limitar o tempo ou o conteúdo acessado e apenas 9% permitem o uso apenas em situações específicas, como viagens. O resultado revela um cenário em que, apesar das preocupações, o controle efetivo do uso das telas ainda é falho para a maioria.
Os dados locais se conectam a uma pesquisa nacional divulgada nesta semana pelo Instituto Datafolha, publicada pela Folha de S.Paulo, segundo a qual 4 em cada 10 responsáveis acreditam que as crianças passam tempo demais diante das telas. O levantamento também mostrou que, embora haja consciência dos riscos à saúde física e mental, a adoção de medidas concretas de limitação ainda é baixa.
O uso excessivo de telas por crianças é associado a impactos no sono, sedentarismo, alterações de humor, dificuldades de concentração e até atraso no desenvolvimento da linguagem. Especialistas recomendam que pais e responsáveis atuem com equilíbrio, impondo limites claros e priorizando o uso consciente da tecnologia, especialmente nos primeiros anos de vida.
Na prática, porém, o que se vê é uma rotina dominada por dispositivos digitais — muitas vezes usados como distração rápida diante da correria do cotidiano. Enquanto os números revelam a dificuldade em colocar limites, eles também reforçam a necessidade urgente de discutir estratégias públicas, escolares e familiares para lidar com a hiperconectividade infantil.
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