Você deixaria o seu bairro para morar no Centro de Campo Grande?
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Você trocaria o seu bairro para morar no Centro de Campo Grande? Essa é a pergunta da enquete desta sexta-feira (18) no Campo Grande News. A participação é simples, basta responder ao final desta matéria ou acessar a capa do portal. Também queremos saber sua opinião nas redes sociais, comente e participe do debate.
RESUMO
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A proposta volta à pauta em meio às discussões sobre a revitalização da região central, que busca transformar o espaço urbano e atrair mais moradores, comércio e serviços para a área.
Em dezembro de 2021, o portal já havia feito a mesma pergunta aos leitores. Na ocasião, 60% responderam que não trocariam seus bairros pela área central, enquanto 40% disseram que sim, mudariam para o Centro. Passados quase três anos, a pergunta se mantém atual: você se mudaria para o coração da cidade?
Para o professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela USP (Universidade de São Paulo), Julio Botega o futuro do Centro é ser bairro.
O Centro de Campo Grande já foi símbolo de status e endereço preferido da elite local. Com o passar dos anos, especialmente a partir da década de 1970, houve uma mudança no padrão de moradia das classes mais altas, que começaram a se deslocar para outras regiões da cidade. Inicialmente, surgiram casas espaçosas em bairros como Jardim dos Estados e Santa Fé.
Mais tarde, com o crescimento do comércio e a verticalização do Centro, quem podia escolher passou a viver em condomínios fechados, mais afastados, próximos a áreas verdes. Essa migração buscava mais conforto e qualidade de vida, algo ainda distante da realidade da maior parte da população campo-grandense.
Desde os anos 1990, ao menos quatro projetos prometeram revitalizar o Centro. Poucos saíram do papel, e os que avançaram, como o calçadão na 14, enfrentaram críticas de comerciantes, perda de vagas de estacionamento e mudanças no fluxo de clientes. A promessa de revitalização virou sinônimo de frustração.
Levantamento realizado pelo portal mostra que mais de 2.600 empresas fecharam as portas no quadrilátero central entre 2016 e 2023. A decadência, no entanto, não apaga a memória. A Rua 14 de Julho, por exemplo, abriga 42 prédios históricos que resistem ao tempo.
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