Pamonha é feita com linguiça, queijo e a saudade que Braz tem do Goiás

Na banca do feirante Braz dos Reis Rodrigues, de 49 anos, os potes de curau e pamonhas tradicionais já dão água na boca, mas, segundo ele, o diferencial que tem feito muito grefu~es voltar é a receita tradicional da terra onde nasceu. A pamonha temperada à moda goiana é versão que leva linguiça de frango, queijo, pimenta e cheiro-verde e que tem caído no gosto dos campo-grandenses.

“É o carro-chefe lá em Goiânia, mas acredito que aqui ninguém faz igual. Eu faço questão de ser fiel à receita original de lá da minha terra”, afirma. Além dessa, ele vende pamonhas doces e salgadas, com ou sem queijo, e potes de curau, com ou sem canela. Todas as opções custam R$ 10.

A produção dos produtos é caseira e a rotina puxada é parte do processo. Braz lembra que aprendeu a fazer as pamonhas há 20 anos e, desde então, vem aprimorando a receita. “Hoje mesmo acordei às 5 da manhã e fui até às 5 da tarde. Faço na hora, trago tudo quentinho e esse é o meu diferencial”, conta.

Nascido e criado em Goiânia, Braz trabalhou por 30 anos em feiras livres da capital de Goiás. Há cerca de seis meses na Capital, ele escolheu recomeçar em Campo Grande ao lado da esposa, natural de Glória de Dourados.

O casal se conheceu em uma missão religiosa e, desde 2010, percorrem cidades levando a palavra cristã. Agora, foi a vez de fixar morada em Campo Grande. “É uma cidade maravilhosa, acolhedora. Tô amando trabalhar aqui”, elogia.

Com três décadas de experiência em feiras livres, ele garante que ama o que faz e não se vê trabalhando em outra área. “O feirante é uma pessoa perseverante. Se não vende hoje, acredita que vai vender amanhã. Não tem hora ruim, nem chuva, nem sol. E eu amo isso, amo servir as pessoas”, diz.

E embora o público campo-grandense ainda prefira a versão doce com queijo, a pamonha temperada vem despertando curiosidade. “Aqui o pessoal é mais doceiro, mas sempre tem gente parando para experimentar a temperada e depois volta pra comprar de novo”, avalia.

Para encontrar Braz e as delícias de milho, ele está às quartas-feiras à tarde na feira da Vila Carlota, quintas na Feira do Trilho, no Rita Vieira, aos sábado à tarde na feira do Bairro Piratininga e domingo pela manhã no Bairro Universitário. Na feira do Tiradentes, em frente ao Asilo São João Bosco, ele vai em dias alternados.

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