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Esportes

Com obra adiada, federação e UFMS assumem reparo para liberar Morenão

Readequações no estádio devem ficar prontos até 15 de janeiro de 2020

Jones Mário | 17/12/2019 13:50
Praça esportiva deve receber R$ 375 mil para serviços exigidos pelo MPMS (Foto: Marcos Maluf)
Praça esportiva deve receber R$ 375 mil para serviços exigidos pelo MPMS (Foto: Marcos Maluf)

A FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) vão assumir os reparos para liberação do Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, aos jogos do Campeonato Estadual de 2020. A reforma geral da praça esportiva foi adiada para depois da competição, que termina no fim de abril do próximo ano.

O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (17), em entrevista coletiva no auditório da 43ª Promotoria de Justiça, em Campo Grande.

Segundo o presidente da FFMS, Francisco Cezário, R$ 75 mil em recursos próprios da entidade serão aplicados nas obras. Já o titular da Proadi/UFMS (Pró-reitoria de Administração e Infraestrutura), Augusto Malheiros, apontou para R$ 300 mil injetados pela universidade.

Responsável por ratificar a liberação do estádio, o promotor Luiz Eduardo de Almeida disse que os reparos devem ser finalizados até o dia 15 de janeiro de 2020. O Estadual está marcado para começar uma semana depois.

Até lá, os laudos de segurança, prevenção e combate a incêndio e pânico, e de vigilância sanitária - exigidos por lei - devem estar regularizados. As autorizações vigentes vencem antes do início da competição.

Os reparos, reivindicados pelo MPMS (Ministério Público Estadual) desde o início deste ano, devem corrigir problemas no sistema estrutural (armaduras expostas, com baixo cobrimento e corrosão) e no sistema elétrico do Morenão - não foram apresentados alguns relatórios de ensaio e exames, projeto do SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), e falta de placas de identificação e advertência.

Os defeitos foram classificados em laudo de vistoria de engenharia, acessibilidade e conforto do Morenão, feito em janeiro passado, como de “grau de risco médio”.

Além destas adequações, o MPMS pediu que as recomendações feitas em laudo elaborado pelo Daex (Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução) também fossem atendidas.

A divisão ordenou estudos na estrutura do estádio a fim de atestar ou não a segurança estrutural da marquise; inspeção na manta aplicada sobre ela, cuja garantia do fabricante expirou há cinco anos; pintura da face inferior da cobertura com tinta látex, para possível constatação de infiltrações; e criação de um plano de manutenção continuada.

Entrevista coletiva foi realizada no auditório da 43ª Promotoria de Justiça (Foto: Jones Mário)
Entrevista coletiva foi realizada no auditório da 43ª Promotoria de Justiça (Foto: Jones Mário)

Reforma - O governo estadual não participa desta fase de reparos, conforme confirmou o diretor-presidente da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), Marcelo Miranda.

O Executivo já havia adiantado que reservou R$ 4,5 milhões para a reforma geral do Morenão, recursos do Fundo Estadual de Defesa dos Direitos do Consumidor.

O projeto da obra foi entregue pela UFMS ao governo do Estado no início de novembro. A intenção era terminar os serviços até o início do campeonato.

Segundo a Fundesporte, o projeto precisa de alterações. As mudanças serão analisadas e executadas pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

A reforma contempla a construção de um elevador para melhoria na acessibilidade, além de extinção do fosso entre arquibancadas e gramado, e emprego de cadeiras também no setor descoberto do estádio.

O procurador-geral adjunto do Estado, Ivanildo Silva da Costa, garantiu que a obra de iniciativa estadual no estádio administrado pela universidade federal é “possível juridicamente”.

Custo - Hoje, o titular da Proadi estima que o Morenão demande em torno de R$ 250 mil por mês dos cofres da UFMS. Ele aponta que os gastos com água, principalmente para manutenção do gramado, pesam mais nos custos.

A universidade cobrou R$ 600,00 por jogo como aluguel do estádio no Estadual deste ano. Conforme compromisso firmado entre FFMS e UFMS no fim de 2018, e segundo previsão de Augusto Malheiros, o valor deve ser mantido em 2020.

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