Faltando 22 dias, sobra ansiedade a quem de MS vai ao Rio ver Olimpíada
Faltam apenas 22 dias para o maior evento esportivo do mundo, que neste ano será disputado no Rio de Janeiro entre os dias 5 a 21 de agosto. A emoção e a expectativa dos sul-mato-grossenses que irão até a capital carioca para participar dos Jogos, seja acompanhando as competições ou trabalhando, vem aumentando conforme a grande abertura se aproxima.
Ana Maria Magalhães, médica de 53 anos, começou os preparativos para viajar até o Rio de Janeiro há quatro anos, mas aguarda a grande viagem há sete anos, quando ficou sabendo que o Brasil seria sede da competição. A animação é tanta que Ana acompanhou a contagem regressiva de 100 dias do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) fazendo a sua própria, com postagens diárias em uma rede social. “A cada dia posto algo, lembro de um amigo esportista, um momento da minha vida ligado ao esporte e a olimpíada”, contou .
A médica dividirá apartamento com três amigas no Rio, onde ficará do dia 4 até o dia 22 de agosto, e participará da cerimônia de abertura no Maracanã. Além do evento que marca o início dos Jogos, Ana garantiu outros dez ingressos para competições, sendo cinco finais: do vôlei masculino e feminino de areia, da ginástica artística, do futebol e do vôlei de quadra masculino. “Fui comprando os ingressos aos poucos conforme as vendas foram abrindo, sempre para os jogos que tenho mais afinidade”, explicou, completando que também acompanhará o atletismo.
O esporte sempre foi muito presente na vida de Ana, que começou jogando handebol na escola, depois praticou vôlei, corrida de rua, ciclismo, tênis de mesa, vôlei de quadra, de areia e quando sobra um tempo, ainda participa de trilhas. “Para quem ama o esporte e já foi atleta, poder contemplar o maior evento esportivo do mundo é o ápice de uma carreira”, afirmou.
Para ela, será uma lembrança que levará para a vida toda. “O que fica depois da experiência é a lembrança pelo momento que você lutou, conseguiu conquistar e viu de perto. Vai ficar para o resto da vida”.
Voluntário feliz – Assim como existem pessoas que vão para acompanhar as disputas de perto, tem quem topou o desafio de viajar mais de 1.400 km para trabalhar como voluntário, como é o caso do jornalista Raul Delvizio, 22, que fará parte da equipe de assistentes de serviços gerais. Entre outras funções, ele terá como responsabilidade auxiliar turistas e expectadores com informações e localização.
Após uma longa espera, ele teve sua inscrição aceita para trabalhar no Parque Olímpico, onde serão disputadas 16 modalidades dos Jogos. "Me inscrevi no fim de 2015 para ser um dos voluntários. Como estava na correria do TCC e de outros assuntos, acabei perdendo o primeiro prazo e fazendo a inscrição no segundo. Ligava sempre lá no Rio para saber informações, mas não conseguia nenhum posicionamento que indicava que seria escolhido, até que três meses atrás recebi o e-mail e fiz a entrevista online”, explicou.
Depois da entrevista, houve um novo período de espera até a resposta de que havia sido selecionado finalmente chegar em seu e-mail. “Ligava lá e não tinha previsão de quando a resposta chegaria, achei que não ia conseguir e nunca mais fui atrás. Do nada, em junho, recebi a carta que dizia que tinha sido aceito, onde trabalharia e o que faria lá”.
A rotina do jornalista, que embarca para o Rio de Janeiro no dia 1 de agosto e permanece na cidade até o dia 23, será corrida. O trabalho começará às 06 horas, terminando às 15 horas. Ele trabalhará três dias com direito a uma folga. Depois trabalha mais um dia e tem duas folgas, voltando a trabalhar no dia seguinte.
O desejo de fazer parte das Olimpíadas é antigo, e vem desde quando praticava natação, ainda na infância. Decidido não investir profissionalmente e competir pela modalidade, por optar seguir outro caminho profissional, a oportunidade de fazer parte do maior evento esportivo do mundo veio como voluntário.
"Sempre quis estar presente em uma olimpíada, não necessariamente como atleta. Não estava muito entusiasmado por conta do atraso em receber a resposta, mas, em conversa com a minha irmã, que pontuou a importância do evento, voltei a me animar. A adrenalina está subindo e estou ficando cada vez mais animado para saber como vai ser. Sinto um pouco de medo por estar sozinho com muita gente, mas no fim das contas vai valer a pena. Trabalhar em um evento desse porte vai ser uma experiência incrível no meu currículo, além de ter a oportunidade de conhecer de perto atletas que tanto admiro", finalizou.