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Caravana da Saúde recebe apoio até da oposição

Waldemar Gonçalves | 21/04/2016 07:00

Lenha na fogueira – O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), tem utilizado suas agendas públicas para atirar contra o Legislativo Municipal. Na segunda-feira, acusou vereadores de apoiarem o vice-prefeito, Gilmar Olarte, no sucateamento da Prefeitura. Já ontem, usou parte do discurso no Instituto Mirim para dizer que ainda aguarda ver Olarte e seus companheiros na cadeia.

Chumbo grosso – “Eles estão atrapalhando Campo Grande. Evitaram vários recursos, impediram R$ 12 milhões do Pronaf, rejeitaram reajuste dos servidores, apresentaram leis como essa da ‘mordaça’. Enfim, eles perderam a noção, querendo se comparar ao Eduardo Cunha e criando situações tão negativas como essas que só prejudicam Campo Grande”, disparou Bernal.

Tchau para a igreja – O prefeito fez questão, ainda, de anunciar que o prédio em que funciona “a igreja de Olarte” está voltando para a Prefeitura. Vai abrigar o terceiro Instituto Mirim da Capital, garante.

Repetitivo – Em todas as entrevistas, Bernal reitera que não é pré-candidato à reeleição. Diz que está focado na gestão e que não vai tocar neste assunto antes de julho.

Interpretação má – Em relação ao reajuste salarial dos professores, primeiro Bernal diz que a categoria entendeu sua situação. Desmentido pelos jornalistas, reiterou dizendo que vai entrar na Justiça para bloquear a greve, alegando o direito de os alunos de estudarem. “Acho que eles se arrependeram. Eu nunca vi sindicato rejeitar reajuste. É a primeira vez”, finalizou. Questionado sobre uma possível má interpretação em relação a tantos índices apresentados, Bernal foi enfático: “Não acredito em má interpretação. Acredito em interpretação má”, disse.

Tranquilo com Temer – Ontem, na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) falava sobre as condições dos agentes penitenciários em Mato Grosso do Sul, quando Beto Pereira (PSDB) respondeu que a falta de recursos para presídios e segurança na fronteira eram problemas do governo federal. O petista então disse para o colega ficar tranquilo, já que “no mês que vem Michel Temer (PMDB) vai resolver todos esses problemas”.

Elogio da oposição – Kemp ainda criticou quem tem dificultado a presença da Caravana da Saúde em Campo Grande, prevista para maio, lembrando que toda ação neste setor deve ser bem vinda. A proposta enfrenta resistência política de Bernal, que inclusive estaria influenciando o Conselho Municipal de Saúde neste sentido. “Se fosse uma área bem atendida até dava para entender, mas na saúde, onde falta tudo, não há explicação”. Detalhe: o projeto é do governo do PSDB, a quem, em tese, o petista faz oposição.

Barrada na entrada – A ideia de garantir meia-entrada em eventos a policiais e bombeiros foi literalmente barrada ao chegar à Assembleia Legislativa. O autor da proposta, deputado estadual Maurício Picarelli (PSDB), revelou que seu projeto foi arquivado na Comissão de Constituição e Justiça da casa.

Não tinha como – Segundo Picarelli, por esta razão a proposta sequer será votada no plenário. O presidente da comissão, Lídio Lopes (PEN), explicou que eles resolveram votar contra a matéria porque a ideia é inconstitucional. “Se nós aceitássemos, outros segmentos também poderiam requisitar o beneficio e não teria condições”.

Passou de fase – Fase de depoimentos da CPI do CIMI chega ao fim no próximo dia 27. Na última reunião, ocorrida na segunda-feira feira, 18, a presidente Mara Caseiro conseguiu aprovar os encaminhamentos para a conclusão dos trabalhos. Antes, porém, a Comissão deve ouvir o atual coordenador do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena), Lindomar Ferreira no dia 25.

(com a redação)

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