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Artes

Após velório em Campo Grande, fãs formam fila para adeus a sertanejo em Cuiabá

Cantor foi velado na Câmara Municipal de Campo Grande pela manhã e foi levado para sua cidade natal

Por Alison Silva | 04/01/2024 18:05

Centenas de fãs formam fila para se despedir do cantor João Sérgio Batista Corrêa Filho, o João Carreiro, desta vez em Cuiabá, a cidade natal do sertanejo. Velado na Câmara Municipal de Campo Grande nesta manhã, o músico que morreu aos 41 anos seguiu para a capital mato-grossense para mais um velório, desta vez no Ginásio Poliesportivo Professor Aecim Tocantins. De início, o momento foi reservado aos familiares e depois aberto aos fãs.

De acordo com a assessoria de imprensa do cantor, estima-se que 3 mil pessoas já se despedem do cuiabano e muitos outros devem passar pelo local até às 9h de sexta-feira (5).

O artista morreu na noite de ontem, por volta de 22h, no Hospital do Coração de Campo Grande, após ficar cerca de 12 horas na mesa de cirurgia, sob intervenção de quatro médicos, para uma operação de colocação de prótese para corrigir uma deficiência congênita da válvula mitral do coração. O sepultamento acontece às 10h no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, local em que o cantor não possui familiares.

O caso - O problema central era a “frouxidão” da válvula mitral, que não se fechava, permitindo o retorno de sangue ao coração. Isso causou o chamado prolapso, nome técnico para o sopro, provocando insuficiência cardíaca. Além disso, havia calcificação no entorno da válvula, o que tornou a intervenção muito mais delicada e complexa, disse o diretor clínico do hospital, Jandir Gomes Júnior. O processo da substituição da válvula chegou a ser realizado, entretanto, a retirada da calcificação se estendeu e o coração do músico não aguentou.

Jandir Júnior comentou que de forma geral as cirurgias cardíacas são arriscadas e pacientes e familiares são alertados. Carreiro procurou o hospital para fazer a cirurgia porque um amigo cardiologista alertou-o para a necessidade, explicou o diretor. Ele já sentia os reflexos do problema, como cansaço, segundo repassado.

O médico apontou que sem a cirurgia, a sobrevida poderia chegar a cinco anos e, caso Carreiro tivesse sobrevivido e se recuperado, poderia ter qualidade de vida ainda por 25 a 30 anos. Ele explicou que cerca de 10% das pessoas têm sopro no coração. Muitas morrem ignorando que tinham a doença.

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