MS aplicou quase 100% dos recursos da Lei Paulo Gustavo em 420 projetos
Estado se destacou na execução dos investimentos no segmento audiovisual e em outras áreas
O Governo de Mato Grosso do Sul ultrapassou a marca de mais de 99% de execução dos recursos destinados pela Lei Paulo Gustavo, sendo um dos estados que melhor aplicaram os recursos dessa iniciativa federal. Segundo dados atualizados pelo Ministério da Cultura, o Estado utilizou 98,68% do montante destinado ao setor audiovisual, equivalente a R$ 20.010.557,63. Nas demais áreas culturais, a utilização chegou a 99,8%, somando R$ 7.188.786,50.
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O Governo de Mato Grosso do Sul alcançou uma execução superior a 99% dos recursos da Lei Paulo Gustavo, destacando-se na aplicação de verbas para o setor cultural. Com 98,68% do montante destinado ao audiovisual utilizado, o estado aprovou 420 projetos culturais, incluindo 145 no audiovisual e 275 em outras áreas. O secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, enfatizou o impacto positivo da lei, que promoveu a inclusão e a democratização de recursos, permitindo que iniciativas culturais, desde grandes produções até projetos comunitários, fossem realizadas. A lei, considerada um divisor de águas para o audiovisual local, possibilitou a criação de obras inovadoras e eventos multiculturais, refletindo a diversidade cultural do estado e contribuindo para o desenvolvimento social e econômico.
No total, 420 projetos culturais foram aprovados no Estado, sendo 145 no segmento audiovisual e 275 em outras áreas. No setor audiovisual, destacam-se 22 projetos de grande porte, que receberam entre R$ 250 mil e R$ 1 milhão cada.
O secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, celebrou os resultados, destacando o impacto da Lei Paulo Gustavo no fortalecimento da cultura local. Segundo ele, a ampla utilização dos recursos demonstra o comprometimento com iniciativas que beneficiam desde grandes produções até ações comunitárias em áreas remotas.
"Conseguimos utilizar mais de 99% dos recursos disponíveis, garantindo que iniciativas incríveis saíssem do papel, desde grandes produções audiovisuais até projetos que alcançam as comunidades mais distantes. Essa conquista é reflexo de uma atuação eficiente e da colaboração com os profissionais da cultura, mostrando que, juntos, podemos transformar ideias em realizações que impactam a vida de milhares de pessoas", comemorou o secretário.
A Lei Paulo Gustavo, instituída pela Lei Complementar nº 195/2022, foi o maior investimento direto já realizado no setor cultural brasileiro. Ela garantiu recursos a profissionais de diversas áreas culturais por meio de editais, premiações e seleções públicas simplificadas.
Eduardo Mendes, diretor-presidente da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), também destacou a importância da execução da lei no Estado. “Promover a inclusão e a democratização de recursos foi essencial para revelar talentos e valorizar nossa diversidade cultural. Ver projetos como documentários, festivais e livros ganhando vida é prova de que a cultura é um motor essencial para o desenvolvimento social e econômico,” enfatizou.
Entre os projetos contemplados, estão produções de documentários e festivais que atingiram comunidades em diferentes cidades do Estado. Cleiton Mota, roteirista e diretor, teve vários projetos aprovados, como o documentário “Graxa e Cultura: o Show por Trás do Show” e o cinema itinerante Festival Cine Rota, que percorreu Terenos, Jaraguari, Bandeirantes e Camapuã.
“A Lei Paulo Gustavo foi um divisor de águas para o audiovisual em Mato Grosso do Sul. Pequenos cineastas e roteiristas, que antes não tinham acesso aos recursos, puderam finalmente tirar seus projetos do papel,” afirmou Mota.
Richard Thiago Carvalho dos Santos, produtor audiovisual, também destacou a importância do apoio financeiro. Para ele, a lei viabilizou a produção de obras inovadoras, como o documentário “Graxa e Cultura”. “Essa oportunidade é essencial para pequenos produtores como eu, pois permite mostrar nosso trabalho e contar histórias que muitas vezes não ocupam espaço,” disse.
Outros segmentos culturais também foram beneficiados pela Lei Paulo Gustavo. O Festival Dread Day, idealizado por Patrick Sandim Corrêa, é um exemplo de como os recursos fomentaram eventos multiculturais no Estado. Com temática ambiental e foco em artistas locais, o evento será realizado ainda no primeiro semestre de 2025.
“Vamos conseguir executar um evento como deve, com incentivo, pois é muito difícil a produção de evento de forma independente, ainda mais se tratando de um festival que exige uma demanda muito grande de tudo. Pra mim a Lei Paulo Gustavo é muito importante, pois acho que democratizou mais as oportunidades, vejo a lei como um divisor de águas para quem trabalha com a Cultura, vejo como uma oportunidade inédita”, celebrou.
Já no campo da literatura, o escritor Jander Gomez teve aprovado o projeto “Amadores”, que aborda a vida no Pantanal durante a Ditadura Militar. “Ser contemplado pela Lei Paulo Gustavo foi uma honra. É gratificante ver nosso trabalho reconhecido, especialmente com uma proposta que reflete a história e a cultura do nosso Estado,” declarou o escritor.