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Comportamento

Aluna nota 10, Jaqueline ganhou elogio até do governador do Estado

Jovem conquistou diversas medalhas e sonha fazer faculdade no exterior

Jéssica Fernandes | 21/11/2021 08:02
Em post, Reinaldo Azambuja parabenizou a jovem.(Foto: Reprodução/ redes sociais).
Em post, Reinaldo Azambuja parabenizou a jovem.(Foto: Reprodução/ redes sociais).

A estudante Jaqueline Emanuele Coutinho Siebra, 17 anos, é famosa entre os moradores de Glória de Dourados, a 281 km de Campo Grande, devido ao seu esforço e dedicação nos estudos. A fama da jovem não ficou só no município e chegou aos ouvidos do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), que a elogiou publicamente nas redes sociais.

A postagem, no dia 17 de novembro, causou um alvoroço na cidade. “Eu fui pega de surpresa, minha diretora me mostrou, amigos mandaram print e saiu em jornais menores. Eu não esperava uma repercussão assim”, fala.

Cursando o 3º ano do ensino médio na Escola Estadual Eufrosina Pinto, Jaqueline conquistou diversos prêmios ao ponto de perder as contas de quantos certificados e medalhas tem na coleção. “Eu cresci me dedicando, os estudos sempre foram a minha prioridade. Tenho uma irmã mais velha que sempre me incentivou desde criança e trazia atividades extras para que eu fizesse”, explica.

Jaqueline com algumas medalhas e certificados que conquistou.(Foto: Arquivo pessoal)
Jaqueline com algumas medalhas e certificados que conquistou.(Foto: Arquivo pessoal)

Algumas das conquistas dela incluem: menção honrosa na Olimpíada Camaleão de Química, medalha de bronze na Olimpíada Geobrasil 2021,  medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica 2021 e medalha de Prata ONC 2021. Apesar de ainda não ter se formado, Jaqueline já foi selecionada em alguns cursos nacionais e internacionais.

A rotina da Jaqueline é dividida entre os estudos, projetos sociais e as aulas de dança, muay thai e vôlei. Independente das coisas que faz, ela dá um jeitinho de incentivar os amigos. “Durante as aulas, gosto de ajudar o pessoal, porque isso também me ajuda a fixar melhor o conteúdo”, afirma.

A mãe, Euzira Rodrigues Coutinho, 45 anos, morre de orgulho da menina e caiu no choro quando o Lado B fez a pergunta “Como é ter uma filha igual a Jaque?”. Depois de se recuperar, Euzira comentou que faltavam palavras para definir quem é a filha. “Eu nem sei explicar, porque a Jaque é muito dedicada, na escola ela nunca aceitou menos que 10. Foi uma surpresa muito grande o que o governador fez, mas vindo da Jaque nós esperamos de tudo”, ressalta.

Jaqueline ao lado dos pais Euzira e Daniel.(Foto: Arquivo pessoal)
Jaqueline ao lado dos pais Euzira e Daniel.(Foto: Arquivo pessoal)

De acordo com a mãe, a maior qualidade que ela possue é se dispor a auxiliar aqueles que fazem parte do seu cotidiano. “ O diferencial é que ela não quer o conhecimento só para si, então ela sempre está ajudando e torcendo para outras pessoas irem em frente”, afirma

O pai, Daniel Alves Siebra, 54 anos, não fica atrás quando o assunto é demonstrar orgulho e falar bem da Jaqueline. Ele fala que a família procurou dar o suporte necessário para que a garota tivesse bons resultados. “Demos boas condições para que ela tivesse uma vida tranquila, mas ela sempre lutou, correu atrás, ela é excepcional”, relata.

Nas competições que realizou em outros estados, o pai era o companheiro de viagem e principal torcedor. “Ela sempre fez questão de que eu estivesse junto, eu volto sem voz, nós gritamos muito”, conta.

Planos futuros - Como todo adolescente que está concluindo o ensino médio, Jaqueline enfrenta o dilema de qual faculdade fazer. No momento, ela participa de 10 processos seletivos para diferentes universidades nos Estados Unidos.

Estudante com trófeu de uma das competições de vôlei.(Foto: Arquivo pessoal)
Estudante com trófeu de uma das competições de vôlei.(Foto: Arquivo pessoal)

Embora não saiba qual faculdade irá selecioná-la, Jaqueline já tem uma favorita. “Eu quero engenharia biomédica e neurociência e na Duke University, na Carolina do Norte, tem a possibilidade de fazer os dois cursos ao mesmo tempo. Além de ser um meio acadêmico bom, a comunidade tem projetos sociais e é envolvida com esportes”, fala.

Sobre a possibilidade da filha sair de casa para morar no exterior, a mãe brinca que ainda vê a filha como uma criança. “Tenho que aceitar que ela está estudando para isso. Eu já sinto saudade, porque para mim ela é um bebe, mas vou ficar feliz se ela conseguir”, garante.

Por hora, Jaqueline se mantém tranquila e otimista. “Vai ser um grande desafio, sou muito apegada aos meus pais, mas se for pra ser, vai dar tudo certo”, finaliza.

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