Apresentação escolar transformou Jhader em cover de Michael Jackson
Aos 26 anos, paixão por Michael Jackson virou meio de expressão e renda extra
Foi na Escola Municipal Ana Lúcia de Oliveira Batista, no Bairro Paulo Coelho Machado que o sonho de Jhader Lucas começou a tomar forma. Aos 10 anos, durante uma apresentação na escolar, o jovem artista interpretou pela primeira Michael Jackson, o ídolo que ele passava horas admirando em frente a televisão. O que o menino estudante não imaginava, é que aquela seria a primeira de muitas outras apresentações que viriam pela frente.
Hoje, aos 26 anos, Jhader fez da paixão pelo 'Rei do Pop' uma maneira de expressar sua arte e também faturar uma renda extra. Como cover de Michael, o sul-mato-grossense se apresenta em casamentos, aniversários e eventos corporativos.
“Eu era fã desde os 6 anos de idade. Ficava assistindo na TV e tentando imitar. Na escola, eu também ficava fazendo uns passinhos”, lembra.
Foi em 2009, ano da morte de Michael, que tudo mudou. “Teve um festival na escola e me convidaram para a apresentação. Eu topei, gostei muito da experiência e não parei mais”, conta. Na época, a apresentação começou ao som de “Thriller”, mas foi em “Billie Jean” que ele surgiu no palco como protagonista.
Daí em diante, a paixão por Michael Jackson virou rotina. “Sempre assistia os shows, analisava os passos e via os vídeos de vários ângulos para pegar todos os detalhes. Foi tudo sozinho, nunca fiz aula”, explica.
Mas foi só em 2017 que Jhader começou a se apresentar profissionalmente, recebendo cachê pelos shows. “Antes disso, eu me apresentava de graça onde me chamavam. Não tinha entendia que era possível ganhar dinheiro com isso”, lembra.

Hoje, ele conta com uma equipe de bailarinos, roupas inspiradas nos figurinos de Michael e até vídeos interativos. “A gente faz uma versão adaptada do show dele, com telões, figurinos e arranjos refeitos com qualidade atual. Este ano estou fazendo aula de canto, porque quero cantar ao vivo”, detalha.
E o sonho vai além. “O objetivo é fazer um show completo mesmo, com banda, efeitos especiais, bailarinos, tudo. A gente pretende lançar esse show ainda este ano, em algum teatro ou Concha Acústica aqui em Campo Grande, e depois quem sabe viajar pelo Brasil”, planeja.
Apesar do sonho grande, a realidade de fazer arte em Mato Grosso do Sul é desafiadora. “É um desafio muito grande. Não tem incentivo, tudo é por nossa conta. Precisamos buscar nossos próprios meios para investir em figurinos, estrutura, tudo”, lamenta.
Mesmo assim, Jhader não desanima. Segue ensaiando, planejando e aperfeiçoando cada passo, com a mesma paixão do menino que dançava em frente à TV quando era criança.
Para o fã que hoje incorpora o ídolo, Michael era um artista absoluto, e homenageá-lo, é uma forma de manter seu legado vivo. “Ele era completo. Não era só um show. Tinha arranjos ao vivo, explosões, efeitos especiais. Ele atuava, dançava, cantava, tudo ao mesmo tempo. O figurino era todo pensado por ele. Ele passava a ideia para o figurinista e a mágica acontecia”, finaliza.
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