Com tanta proposta, Fusca de 64 tem placa para afastar interessados
Carro tem 94% de originalidade e dono que já recusou pagamento até R$ 90 mil por ele
O dono do Fusca “Cinza Diamante”, Samuel Rocha Pereira, de 60 anos, já recebeu propostas que chegaram a R$ 90 mil pelo carro. Nenhuma delas o convenceu, pelo contrário. Para evitar novas investidas, ele mandou fixar uma placa em um dos vidros escrita “Atenção! Último dono”, como aviso claro de que o veículo não está à venda e não vai sair da família.
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Samuel Rocha Pereira, de 60 anos, recusou ofertas de até R$ 90 mil por seu Fusca 1994 "Cinza Diamante". O veículo, que possui placa preta de colecionador e 94% de originalidade, passou por minuciosa restauração conduzida pelo próprio dono ao longo de 2024. O carro, adquirido em 2023, tornou-se um patrimônio afetivo para a família, especialmente após o falecimento da esposa de Samuel. Hoje, o Fusca é motivo de alegria para seus quatro netos e atrai admiradores por onde passa, graças ao seu motor clássico e acabamento impecável.
O Fusca 1964 tem 94% de originalidade e até placa preta, de colecionador. Samuel conta que comprou o clássico em 2023 e, a partir daí, ele mesmo executou cada detalhe de uma restauração que durou todo o ano de 2024.
Metódico, o proprietário desmontou e remontou o Fusca. Trocou frisos, vidros, lentes, forros e detalhes internos. Apenas a pintura ficou nas mãos de um amigo. “Eu ia corrigindo, corrigindo, até ficar pronto. O objetivo era deixar do jeito que eu sempre quis”, conta. Em 2024, depois de pronto, o veículo recebeu a placa preta. “Agora é de colecionador mesmo”, comenta.
O Fusca que já tem 61 anos, um a mais que o próprio dono, foi batizado de “Cinza Diamante” e atrai olhares por onde passa. Motor clássico, acabamento impecável, meia-luz funcionando, tudo original. Samuel conta que quase todas as vezes que sai na rua é parado por alguém.
“Essa semana mesmo, um homem quase pulou da janela do carro da esposa. Mandou parar porque queria ver de perto. Disse que o pai dele tinha um igual”, recorda. Horas depois, no sinal, outra cena. “A mulher começou a gritar para eu parar porque queria mostrar para a filha. Pensei: meu Deus, será que tá tão bonito assim?”, brinca.
A paixão de Samuel por carros antigos não começou com o Diamante. Ele sempre gostou de restaurar veículos, mexer com detalhes e trazer vida nova a clássicos. Antes do Fusca, já teve uma Belina 1, um Corcel e um Chevette.
“Eu gostava de ter carro, ir restaurando devagarzinho. Sempre mexi com essas raridades”, conta. Mesmo assim, admite que nenhum deles se compara ao Fusca. “O Fusca é apaixonante. Esse ninguém ganha dele”, avalia.
Samuel conta que comprou o Fusca pensando em curtir com a esposa, Márcia, que morreu há dois meses, aos 57 anos. “Ela conseguiu dar apenas uma voltinha no carro antes de partir”, desabafa.
Agora, o resto do sonho ficou para ele e os netos, que hoje são parte essencial da história do Fusca. “São quatro netos, duas meninas e dois meninos. Eles são apaixonados. Quando vamos sair, não querem saber de outro carro, querem ir no Fusca”, relata.
E é justamente por isso que o avô rejeita cada proposta que aparece. Com o passar do tempo, o carro já virou patrimônio afetivo. “Já me ofereceram R$ 90 mil e não aceitei. O maior pagamento é o povo olhar, achar bonito e bem feito”, resume.
Agora, Samuel se prepara para mais um toque especial. A pintura do Fusca será vidrificada para ficar ainda mais brilhante. “Já que é pra chamar atenção, vamos chamar de verdade”, finaliza.
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