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Comportamento

Com tanta proposta, Fusca de 64 tem placa para afastar interessados

Carro tem 94% de originalidade e dono que já recusou pagamento até R$ 90 mil por ele

Por Clayton Neves | 12/12/2025 06:55

O dono do Fusca “Cinza Diamante”, Samuel Rocha Pereira, de 60 anos, já recebeu propostas que chegaram a R$ 90 mil pelo carro. Nenhuma delas o convenceu, pelo contrário. Para evitar novas investidas, ele mandou fixar uma placa em um dos vidros escrita “Atenção! Último dono”, como aviso claro de que o veículo não está à venda e não vai sair da família.

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Samuel Rocha Pereira, de 60 anos, recusou ofertas de até R$ 90 mil por seu Fusca 1994 "Cinza Diamante". O veículo, que possui placa preta de colecionador e 94% de originalidade, passou por minuciosa restauração conduzida pelo próprio dono ao longo de 2024. O carro, adquirido em 2023, tornou-se um patrimônio afetivo para a família, especialmente após o falecimento da esposa de Samuel. Hoje, o Fusca é motivo de alegria para seus quatro netos e atrai admiradores por onde passa, graças ao seu motor clássico e acabamento impecável.

O Fusca 1964 tem 94% de originalidade e até placa preta, de colecionador. Samuel conta que comprou o clássico em 2023 e, a partir daí, ele mesmo executou cada detalhe de uma restauração que durou todo o ano de 2024.

Metódico, o proprietário desmontou e remontou o Fusca. Trocou frisos, vidros, lentes, forros e detalhes internos. Apenas a pintura ficou nas mãos de um amigo. “Eu ia corrigindo, corrigindo, até ficar pronto. O objetivo era deixar do jeito que eu sempre quis”, conta. Em 2024, depois de pronto, o veículo recebeu a placa preta. “Agora é de colecionador mesmo”, comenta.

Com tanta proposta, Fusca de 64 tem placa para afastar interessados
Fusca foi comprado em 2023 e totalmente restaurado. (Foto: Juliano Almeida)
Com tanta proposta, Fusca de 64 tem placa para afastar interessados
Placa é aviso que dono não está interessado em vender o veículo. (Foto: Juliano Almeida)

O Fusca que já tem 61 anos, um a mais que o próprio dono, foi batizado de “Cinza Diamante” e atrai olhares por onde passa. Motor clássico, acabamento impecável, meia-luz funcionando, tudo original. Samuel conta que quase todas as vezes que sai na rua é parado por alguém.

“Essa semana mesmo, um homem quase pulou da janela do carro da esposa. Mandou parar porque queria ver de perto. Disse que o pai dele tinha um igual”, recorda. Horas depois, no sinal, outra cena. “A mulher começou a gritar para eu parar porque queria mostrar para a filha. Pensei: meu Deus, será que tá tão bonito assim?”, brinca.

A paixão de Samuel por carros antigos não começou com o Diamante. Ele sempre gostou de restaurar veículos, mexer com detalhes e trazer vida nova a clássicos. Antes do Fusca, já teve uma Belina 1, um Corcel e um Chevette.

“Eu gostava de ter carro, ir restaurando devagarzinho. Sempre mexi com essas raridades”, conta. Mesmo assim, admite que nenhum deles se compara ao Fusca. “O Fusca é apaixonante. Esse ninguém ganha dele”, avalia.

Samuel conta que comprou o Fusca pensando em curtir com a esposa, Márcia, que morreu há dois meses, aos 57 anos. “Ela conseguiu dar apenas uma voltinha no carro antes de partir”, desabafa.

Agora, o resto do sonho ficou para ele e os netos, que hoje são parte essencial da história do Fusca. “São quatro netos, duas meninas e dois meninos. Eles são apaixonados. Quando vamos sair, não querem saber de outro carro, querem ir no Fusca”, relata.

Com tanta proposta, Fusca de 64 tem placa para afastar interessados
Parte interna segue originalidade do fusca. (Foto: Juliano Almeida)
Com tanta proposta, Fusca de 64 tem placa para afastar interessados
Carro tem placa preta, que indica ser um item de colecionador. (Foto: Juliano Almeida)

E é justamente por isso que o avô rejeita cada proposta que aparece. Com o passar do tempo, o carro já virou patrimônio afetivo. “Já me ofereceram R$ 90 mil e não aceitei. O maior pagamento é o povo olhar, achar bonito e bem feito”, resume.

Agora, Samuel se prepara para mais um toque especial. A pintura do Fusca será vidrificada para ficar ainda mais brilhante. “Já que é pra chamar atenção, vamos chamar de verdade”, finaliza.

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