Alyson deixou Marinha para fazer blusas inspiradas no grafite e tribal
Ex-militar serviu por 4 anos, mas conseguiu expressar o que chama de “cultura de rua” em Corumbá
Alyson Julio Barbosa cresceu no quartel. Filho de militar, o jovem de 24 anos descobriu que a farda não seria mais o uniforme da sua vida. Carioca de nascimento, foi em Corumbá que encontrou espaço para dar forma ao seu estilo e fazer disso um negócio. Com camisetas largas, estampas focadas no grafite e referências ao estilo tribal, ele finalmente conseguiu expressar o que chama de “cultura de rua”.
RESUMO
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Alyson Julio Barbosa, carioca de 24 anos e ex-militar, transformou sua paixão pela cultura de rua em um empreendimento em Corumbá, MS. Junto com sua esposa Wanessa Verônica, ele criou uma marca de roupas que valoriza a produção local, destacada pela inscrição "Made In Pantanal" em suas peças. O negócio, iniciado em 2022, tem forte ligação com o movimento hip-hop local, especialmente com a Batalha da Pixxta. As camisetas no estilo Oversize são vendidas por R$ 99,90, e a marca planeja expandir sua coleção com bonés, pochetes e calças, além de participar de eventos em todo o estado.
O projeto Flux saiu do papel quando ele deixou a Marinha após servir por 4 anos. Junto com a esposa, Wanessa Verônica Vargas Duarte, 21 anos, eles tentam vencer os desafios criando as próprias artes. As estampas não são muitas, mas já agradam os donos, que lutam pelo negócio desde 2022.
“Sempre sonhei em ter uma marca de roupas voltada para o nicho da cultura de rua, gosto e frequento desde que morava em São Gonçalo. Foi minha esposa me deu o primeiro incentivo para iniciar a marca. E como eu queria estar presente na cultura da cidade, fizemos o primeiro clipe e sessão de fotos em novembro de 2024. Chamando alguns amigos para participar. Hoje, o clipe tem mais de 25 mil visualizações.”
Ele explica que conheceu a namorada já em Corumba, mas que ela nasceu no mesmo bairro que ele morava no Rio. Alyson veio para cidade sul-mato-grossense aos 7 anos. Por aqui Wanessa era professora de dança e hoje está terminando o curso de biomedicina.
“A gente sempre procura estar nos pontos turísticos da cidade, porque é uma marca que é toda produzida aqui. Valorizamos a mão de obra daqui, que tem muita qualidade. Tanto que nas novas camisetas, na gola, vem escrito ‘Made In Pantanal’.”
Os planos para o futuro incluem outros itens na coleção autoral, como bonés Five Panel, pochetes, tops e calças. Por ora, o foco está no estilo Oversize. As blusas estão saindo a R$ 99,90, mas para quem está diretamente no movimento de rua consegue desconto, segundo Alyson.
“Eu sou Técnico Especializado em Segurança do Trabalho. Quando lancei a marca, conversei com um dos membros da Organização das Batalhas da cidade, onde pude promover a marca pela primeira vez na Batalha da Pixxta, a maior de Corumbá atualmente, que acontece toda terça-feira às 19h30. Nesse dia, foi uma Batalha de MC´s em edição de duplas, com duas camisetas como premiação. Muitos gostaram e compraram.”
Ele conta que, apesar de um declínio de vendas no início do ano, estão com muitos planejamentos e convites para expor em outros lugares do estado. “É muito gratificante esse reconhecimento.”
A esposa comenta que antigamente quando a marca estava no papel viu um potencial grande e que hoje isso só aumentou. "Saber que outras pessoas veem o que eu vi é muito gratificante. No começo tivemos alguns altos e baixos, mas ultimamente está sendo mais alto e espero também que continue essa linha da gente crescer mais e mais. Ver todo o movimento do Hip Hop querendo se unir de alguma forma e através da marca foi algo inexplicável".
Para continuar com a marca no meio da cultura de rua, Alyson conta que está organizando um projeto em colab com a Batalha da Pixxta, chamado tropa da Flux.
Ele conta que um dos MC´s vai ser representante no Estadual, que vai acontecer aí em Campo Grande, dia 11 de outubro. É só o começo, queremos estar em todos os cantos, vendendo camisetas, outros produtos que teremos futuramente, fazendo seletivas desse evento que queremos que seja anual.
E o mais importante, sempre incentivando a cultura da nossa cidade, Corumbá, e da vizinha Ladário, porque sem o apoio do movimento Hip-Hop aqui na cidade, não teríamos chegado aonde estamos hoje. Devemos muito a eles e sempre vamos retribuir da melhor forma.”
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