Acompanhantes denunciam falta de higiene na enfermaria da Santa Casa
Hospital reconhece que problemas pontuais existem, mas reforçou o compromisso com a segurança

Acompanhantes de pacientes internados na ala de enfermaria da Santa Casa relataram nesta sexta-feira (19) problemas de higiene e manutenção nos quartos. O canal Direto das Ruas recebeu imagens que mostram paredes mofadas, portas danificadas pela umidade e sujeira acumulada nos banheiros.
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Acompanhantes de pacientes da Santa Casa de Campo Grande denunciam falta de higiene e manutenção na enfermaria. Fotos mostram mofo nas paredes dos banheiros, sujeira acumulada e portas danificadas. Familiares relatam ainda falta de medicamentos e roupas de cama. A direção do hospital alega escassez de recursos e prometeu verificar a situação. Além da falta de higiene, o hospital também enfrenta denúncias sobre a recusa de atendimento. Familiares de um paciente que faleceu após um infarto alegam que o hospital se recusou a atendê-lo devido à greve dos servidores. A Santa Casa esclareceu que a paralisação afeta apenas os atendimentos ambulatoriais e eletivos, devido ao atraso no pagamento dos médicos.
Uma familiar de um idoso internado na ala 3, no quarto andar do hospital, preferiu não se identificar, mas apontou a precariedade da estrutura. “Na semana passada faltou até paracetamol e um acompanhante teve que comprar. Falta roupa de cama, tem gente usando camiseta cortada nas costas porque não tem. Está um descaso”, disse.
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As fotos mostram azulejos com mais de 30 centímetros de mofo, além de crostas de sujeira nos cantos, paredes descascadas e lixo acumulado nos quartos, como restos de curativos jogados no chão.
Em nota enviada ao Campo Grande News, a Santa Casa informou que não há registro de falta de lixeiras para descarte de curativos usados e que os materiais necessários para a realização dos procedimentos estão disponíveis, sendo utilizados apenas mediante prescrição médica e de enfermagem.
A instituição reconheceu que situações pontuais exigem atenção especial na limpeza e manutenção, mas afirmou que segue protocolos de higienização, com reforço das equipes por meio de novas contratações em andamento, além da aquisição de equipamentos e materiais para melhorar o processo de desinfecção.
Sobre a presença de mofo, o hospital explicou que alguns banheiros não contam com janelas ou ventilação adequada, o que favorece o surgimento de micro-organismos, e que medidas corretivas estão sendo avaliadas. Em relação aos medicamentos, confirmou uma falta pontual e transitória de alguns itens, já normalizada após o reabastecimento do estoque. A Santa Casa reforçou o compromisso com a saúde, segurança e bem-estar de pacientes, colaboradores e visitantes.
Outra denúncia - Na quarta-feira (17), parentes de Elcio Pereira, de 67 anos, que morreu após sofrer um infarto, denunciaram que a Santa Casa teria se recusado a prestar atendimento imediato. Segundo eles, uma funcionária informou que não havia expediente por conta da greve dos servidores.
Em nota, o hospital explicou que a paralisação atinge os atendimentos ambulatoriais e eletivos, suspensos devido ao atraso no pagamento dos médicos. De acordo com a instituição, as equipes desses setores interromperam completamente as atividades.
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