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Direto das Ruas

Acompanhantes denunciam falta de higiene na enfermaria da Santa Casa

Hospital reconhece que problemas pontuais existem, mas reforçou o compromisso com a segurança

Por Kamila Alcântara | 19/09/2025 17:01
Acompanhantes denunciam falta de higiene na enfermaria da Santa Casa
Azulejos do banheiro com faixa de mofo, lixo de curativos para fora da lixeira cheia e porta danificada pela umidade (Foto: Direto das Ruas)

Acompanhantes de pacientes internados na ala de enfermaria da Santa Casa relataram nesta sexta-feira (19) problemas de higiene e manutenção nos quartos. O canal Direto das Ruas recebeu imagens que mostram paredes mofadas, portas danificadas pela umidade e sujeira acumulada nos banheiros.

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Acompanhantes de pacientes da Santa Casa de Campo Grande denunciam falta de higiene e manutenção na enfermaria. Fotos mostram mofo nas paredes dos banheiros, sujeira acumulada e portas danificadas. Familiares relatam ainda falta de medicamentos e roupas de cama. A direção do hospital alega escassez de recursos e prometeu verificar a situação. Além da falta de higiene, o hospital também enfrenta denúncias sobre a recusa de atendimento. Familiares de um paciente que faleceu após um infarto alegam que o hospital se recusou a atendê-lo devido à greve dos servidores. A Santa Casa esclareceu que a paralisação afeta apenas os atendimentos ambulatoriais e eletivos, devido ao atraso no pagamento dos médicos.

Uma familiar de um idoso internado na ala 3, no quarto andar do hospital, preferiu não se identificar, mas apontou a precariedade da estrutura. “Na semana passada faltou até paracetamol e um acompanhante teve que comprar. Falta roupa de cama, tem gente usando camiseta cortada nas costas porque não tem. Está um descaso”, disse.

As fotos mostram azulejos com mais de 30 centímetros de mofo, além de crostas de sujeira nos cantos, paredes descascadas e lixo acumulado nos quartos, como restos de curativos jogados no chão.

Em nota enviada ao Campo Grande News, a Santa Casa informou que não há registro de falta de lixeiras para descarte de curativos usados e que os materiais necessários para a realização dos procedimentos estão disponíveis, sendo utilizados apenas mediante prescrição médica e de enfermagem.

A instituição reconheceu que situações pontuais exigem atenção especial na limpeza e manutenção, mas afirmou que segue protocolos de higienização, com reforço das equipes por meio de novas contratações em andamento, além da aquisição de equipamentos e materiais para melhorar o processo de desinfecção.

Sobre a presença de mofo, o hospital explicou que alguns banheiros não contam com janelas ou ventilação adequada, o que favorece o surgimento de micro-organismos, e que medidas corretivas estão sendo avaliadas. Em relação aos medicamentos, confirmou uma falta pontual e transitória de alguns itens, já normalizada após o reabastecimento do estoque. A Santa Casa reforçou o compromisso com a saúde, segurança e bem-estar de pacientes, colaboradores e visitantes.

Outra denúncia - Na quarta-feira (17), parentes de Elcio Pereira, de 67 anos, que morreu após sofrer um infarto, denunciaram que a Santa Casa teria se recusado a prestar atendimento imediato. Segundo eles, uma funcionária informou que não havia expediente por conta da greve dos servidores.

Em nota, o hospital explicou que a paralisação atinge os atendimentos ambulatoriais e eletivos, suspensos devido ao atraso no pagamento dos médicos. De acordo com a instituição, as equipes desses setores interromperam completamente as atividades.

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