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Diversão

Festival repudia nota de bares após ser citado como parte do problema na 14

Neste sábado (21), empresários responsáveis pelos bares da Rua 14 de Julho se posicionaram contra ambulantes

Por Aletheya Alves | 22/09/2024 18:25
Público durante o Festival Afronta neste sábado (21). (Foto: Aletheya Alves)
Público durante o Festival Afronta neste sábado (21). (Foto: Aletheya Alves)

Na noite deste sábado (21), os empresários responsáveis pelos bares da Rua 14 de Julho publicaram uma nota se posicionando contra a presença de ambulantes e, no texto, incluíram a organização do Festival Afronta como parte do problema. Respondendo à citação, o evento que destaca a valorização da cultura negra repudiou a forma com que os bares se posicionaram contra os ambulantes e em relação ao festival.

"Consideramos a atitude de lançamento da nota desrespeitosa, egoísta e racista, uma vez que o Festival Afronta se trata de um evento voltado à valorização da cultura negra, das periferias e das comunidades LGBTQIAPN+, promovendo a inclusão e o acesso à cultura de forma gratuita e democrática", descreve a organização do Festival Afronta em nota publicada nas suas redes sociais.

No texto dos bares foi pontuado um apoio ao evento e argumentado que, apesar disso, não houve alinhamento com os empresários sobre a presença de vendedores vinculados ao festival. Ao Campo Grande News, o grupo de empresários também relatou que caso a lógica de eventos parecidos se tornem frequentes na 14 de Julho, a perda dos bares será ampliada.

Sobre o apoio, o Afronta explicou que houve patrocínio de R$ 1 mil por parte do Pizza Pub e Copo Bar para custear parte da segurança do evento, incluindo profissionais de segurança e brigadistas. "Além disso o Copo Bar auxiliou com 30% das bebidas necessária para o abastecimento do camarim da equipe da artista nacional. Portanto, a alegação de que o evento teria prejudicado ou ignorado as contribuições locais é infundada, já que o montante oferecido cobriu apenas uma fração das necessidades operacionais de um evento desta magnitude".

A defesa do festival também incluiu que devido ao público reunido pelo festival, os bares receberam clientes e, por isso, deveriam ter compromisso com a segurança. "Esse compromisso foi devidamente pensado e executado pela produção do Afronta, que garantiu a presença de equipes de segurança para resguardar a integridade do público e dos envolvidos no evento".

Em relação ao vendedores vinculados ao Afronta, a organização descreveu que houve a presença de dez expositores da feira criativa e o bar oficial do evento, sendo que nos dois casos houve autorização dos órgãos públicos.

Já sobre as pontuações dos bares envolvendo os ambulantes, o festival explicou que não concorda com a abordagem.

"Além disso, não concordamos com a forma que foi colocada na nota com relação a insatisfação com os ambulantes que estavam presentes pessoas que, assim como os artistas e o público do Afronta, fazem parte da luta pela sobrevivência e dignidade na periferia, é injusta e incoerente. As críticas feitas pelos bares demonstram uma falta de compreensão sobre a importância da ocupação dos espaços públicos por movimentos culturais que promovem diversidade, inclusão e resistência".

Sobre o assunto envolvendo a presença dos ambulantes, a reportagem solicitou nota retorno para a Prefeitura em relação à fiscalização. Até o momento, não houve retorno.

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