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Mãe conseguiu apoio e levou bebê para tratamento cardíaco em SP

Na primeira consulta de Ravi, aos 7 dias de vida, ela foi informada que ele tinha uma cardiopatia

Por Maristela Brunetto | 21/12/2023 15:34
Stephany com o filho recém-nascido. (Foto: Reprodução)
Stephany com o filho recém-nascido. (Foto: Reprodução)

Receber a notícia de que o filho recém-nascido sofre de uma cardiopatia é algo impactante. Quando a mãe é uma jovem, enfrentar essa situação dramática torna-se um aprendizado especialmente doloroso. Stephany Gomes, de 24 anos, enfrentou isso há seis meses e, no caso dela, a história teve um final feliz.

Na primeira consulta de Ravi, aos 7 dias, ela foi informada que ele tinha uma cardiopatia rara, chamada estenose valvular aórtica. Esse nome difícil fez Stephany começar uma luta. Primeiro soube que em Campo Grande a única opção seria abrir o peito do bebê, o que causou medo de que ele não sobreviveria. A reportagem do Campo Grande News em mais de uma ocasião registrou o drama das famílias com crianças cardiopatas, que agora se articulam para criar uma associação.

Ela correu atrás de informações e soube que no hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, era possível a intervenção por meio de um cateterismo a partir do pescoço. Por sorte, a família tinha plano de saúde e, enquanto corriam os trâmites para a concretização, ela lançou uma vaquinha nas redes sociais e a solidariedade respondeu rápido, ela conseguiu o auxílio para as despesas para o casal permanecer na cidade. Foram 23 dias de internação, em 21 deles Ravi ficou na UTI.

Um amadurecimento forçado e esperança colocada à prova para o jovem casal. A experiência foi relatada na rede social, com uma despedida ao fim da internação, momento em que Stephany desabafou sobre como enfrentou tudo, destacando sua fé. “Muitos momentos difíceis que nunca imaginaria passar aos 24 anos, coisas que achei que nunca aguentaria, mas também dias em que Deus me mostrou que não estou sozinha e que ele sempre estava comigo”.

A condição de mãe de criança com cardiopatia é algo que provoca empatia e apoio. Stephany disse que descobriu outras mães que enfrentaram o mesmo aqui na Capital, uma delas que só podia contar com a rede pública e acabou perdendo o bebê.

Sobre Ravi, o tempo vai dizer se vai precisar de mais alguma intervenção. Passado o susto, é possível perceber pela rede social de Stephany que ela enfim pode viver as emoções que toda mamãe de bebês experimenta, comemorando cada momento, com fotos fofas dos bolos coloridos de mêsversário de Ravi, o batizado, o banho, cenas de um cotidiano feliz.

Neste ano, grupo encaminhou pedido à Sesau para fazer auditoria no setor de cardiopediatria, porque hoje Campo Grande sofre sem profissionais que atendam problemas como o de Ravi.

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