Tapioca bem rechonchuda é jeitinho de Graça servir um pedaço do norte
Nascida em Roraima e com descendência Indígena, empreendedora carrega lembranças dos sabores da terra natal
Gracilene Costa Machado, a Graça, resolveu trocar a máquina de costura pela frigideira. E a receita afetiva escreveu novo capítulo da sua história. Natural de Roraima e morando em Campo Grande há pouco menos de 3 anos, ela ganha a vida na cidade servindo tapioca com DNA bem nortista.
RESUMO
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Gracilene Costa Machado, conhecida como Graça, trocou a máquina de costura pela frigideira e hoje comanda a "Tapioca da Graça" em Campo Grande. Com origem indígena e inspirada na mãe empreendedora, Graça traz para a cidade uma tapiocaria com raízes nortistas e um toque de tradição familiar. A receita afetiva, que já havia conquistado Juiz de Fora (MG), agora ganha espaço no cenário gastronômico campo-grandense. O trailer da TapioGraça funciona de segunda a sábado, das 18h às 23h, oferecendo um cardápio variado para todos os gostos. Entre as opções salgadas, a Pantaneira, com carne seca, mussarela, requeijão e banana da terra frita, é a favorita dos clientes. Já no menu doce, a combinação de Nutella com morango lidera os pedidos. Com goma hidratada diariamente e ingredientes selecionados, Graça garante a qualidade e o sabor autêntico de suas tapiocas, consolidando seu negócio como uma história de sucesso e perseverança.
"Eu sou de origem indígena, e a tapioca sempre fez parte do nosso cardápio. Tem memória, tem raiz, tem a minha mãe nisso tudo", conta. Segundo ela, a mãe, dona Maria José, foi inspiração. “Ela sempre deu um jeito de empreender, mesmo sem saber que estava empreendendo. Isso eu herdei dela”, destaca.
Antes de Campo Grande, a tapioca da Graça já havia feito sucesso em Juiz de Fora, Minas Gerais, onde tudo começou há mais de 11 anos. Lá, ela percebeu a ausência do quitute nos cardápios da cidade e decidiu arriscar.
“Na época eu costurava pra fora, mas vi que ninguém vendia tapioca. Decidi tentar, e deu certo.” A coragem de mudar de rumo foi o ingrediente principal da nova fase. “Mudei de carreira. Costurava muito bem, mas queria algo diferente, e fui com medo mesmo”, lembra.
Em Campo Grande, a tapiocaria funciona de segunda a sábado, das 18h às 23h. Ela mesma hidrato a goma todos os dias. "Não compro pronta. Isso faz muita diferença. A gente cuida da base da tapioca porque é o ingrediente principal”, relata.
O cardápio tem sabores salgados, o carro-chefe é a Pantaneira, que custa R$ 28 e combina carne seca, mussarela, requeijão e banana da terra frita. “É a preferida do campo-grandense”, explica.
O menu ainda inclui de carne moída com milho e cheddar, além da clássica frango com catupiry e a com recheio de calabresa com muçarela e ovo. Todas as três opções custam R$ 20.
Já no universo doce, a campeã de pedidos é a tapioca de Nutella com morango, vendida a R$ 22. Mas há outras combinações como a Romeu e Julieta, que custa R$ 18 e é recheada com feita com goiabada e queijo. Para os fãs de recheios simples tem doce de leite com coco fresco e banana com canela e queijo, ambas por R$ 16.
Para a empreendedora, o negócio é a materialização de uma vida de trabalho e conexão com as raízes. “Campo Grande não estava nos planos, mas a vida muda, e a gente muda com ela. Só não sei ficar parada. Quando vi o trailer à venda, mostrei para o meu marido, ele topou e aí foi. Deu medo, mas deu certo”, resume.
Hoje, ela se orgulha com as próprias conquistas. "Tapioca tem que ter boa goma, bons ingredientes e alguém que goste de fazer. A minha tem tudo isso”, finaliza.
A Tapioca da Graça fica na Avenida Júlio de Castilho, 729.
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