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Interior

Juiz decreta prisão de membros do PCC que tentaram matar desafeto da facção

Valdinei de Paula Galvão e Yara de Brito vão para presídios; adolescente ficará recolhido na Unei

Por Helio de Freitas, de Dourados | 08/08/2025 09:25
Juiz decreta prisão de membros do PCC que tentaram matar desafeto da facção
Valdinei de Paula Galvão, enviado do Paraguai para matar rival de facção (Foto: Antonio Coca)

O juiz Ricardo da Mata Reis decretou a prisão preventiva de Valdinei de Paula Galvão, 32, o “Libanês”, e de Yara Paulina Carvalho de Brito, 26, acusados de envolvimento na tentativa de assassinato de Leonardo Soares Moline, 19, ocorrida na noite de terça-feira (5) em Dourados, a 251 km de Campo Grande.

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Juiz decreta prisão de envolvidos em tentativa de homicídio ligada ao PCC em Dourados. Valdinei de Paula Galvão, conhecido como "Libanês", e Yara Paulina Carvalho de Brito tiveram a prisão preventiva decretada por envolvimento na tentativa de assassinato de Leonardo Soares Moline. Um adolescente de 15 anos, que também participou do crime, foi internado. O ataque ocorreu na terça-feira (5) em Dourados (MS). O juiz Ricardo da Mata Reis determinou as prisões durante audiência de custódia. Valdinei e o adolescente dispararam contra a vítima, que segue hospitalizada. Yara auxiliou na logística do crime, escondendo armas e queimando roupas dos atiradores. A polícia encontrou drogas em sua residência. Valdinei, enviado do Paraguai pelo PCC, foi preso após resistir à prisão. O crime está relacionado à guerra entre facções pelo controle do tráfico na região.

Durante audiência de custódia nesta quinta-feira (7), o magistrado também determinou a internação do adolescente de 15 anos que participou do atentado. Ele e Valdinei dispararam pelo menos 10 tiros contra o alvo. Um disparo atravessou o braço esquerdo do rapaz e ficou alojado no tórax. Leonardo segue hospitalizado.

Os três permanecem recolhidos em unidades da Polícia Civil, mas ainda nesta sexta-feira (8) devem ser transferidos. Valdinei vai para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados), Yara Brito para um presídio feminino e o adolescente para a Unei (Unidade Educacional de Internação).

Conforme a Polícia Civil, o plano para assassinar Leonardo Moline foi determinado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), em consequência da guerra travada com outra facção criminosa pelo controle do tráfico de drogas em bairros da região leste de Dourados.

Natural do Paraná e com extensa ficha criminal, Valdinei foi enviado do Paraguai, onde morava atualmente, para matar Leonardo. De acordo com a investigação policial, “Libanês” ajudou no monitoramento do alvo, escolheu as armas, definiu a estratégia e pilotou a moto usada no crime.

Juiz decreta prisão de membros do PCC que tentaram matar desafeto da facção
Cinzas de roupas usadas por atiradores e queimadas na casa de Yara Brito (Foto: Divulgação)

Yara de Brito foi presa por ajudar na logística. Ela participou do levantamento sobre os locais frequentados pelo alvo, escondeu os dois revólveres usados no atentado e as cápsulas deflagradas, queimou as roupas dos atiradores e deu abrigo ao adolescente, preso na casa dela, na mesma noite do crime.

Na residência, os policiais ainda encontraram porções de haxixe e maconha. Yara não estava no imóvel, mas foi presa horas depois e autuada em flagrante também por tráfico de drogas.

“Libanês” foi preso em um conjunto de quitinetes na Vila Cachoeirinha. No momento da abordagem, os policiais perceberam que ele tinha ferimento na perna direita e ofereceram um cabo de vassoura para ser usado como muleta.

“Ele pegou o cabo de vassoura e investiu contra os policiais, agrediu um investigador. Foi preciso o uso de força para contê-lo”, disse o delegado Lucas Albe Veppo, chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais).

Inicialmente havia informação de que o ferimento tinha sido provocado por acidente de moto, mas o delegado informou se tratar de uma osteomielite, tipo de infecção óssea causada por bactéria.

Guerra de facções - O atentado contra Leonardo Moline aconteceu na Rua Maria de Fátima Alves de Oliveira, no Jardim Canaã IV. No mesmo local, em 30 de maio deste ano, um adolescente de 15 anos foi assassinado por quatro homens, também integrantes do PCC. A polícia suspeita de ligação entre os dois crimes.

Leonardo estava presente na cena do crime de maio, mas a polícia não acredita que o fato de ele ter testemunhado o assassinato tenha sido preponderante para a facção decretar sua morte. Trata-se de apenas mais um capítulo na disputa entre grupos criminosos rivais.

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