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Interior

Mulher é presa por apoiar pistoleiros que tentaram matar rival de facção

Iara Paulina Carvalho de Brito escondeu armas e queimou roupas usadas por atiradores

Por Helio de Freitas, de Dourados | 06/08/2025 16:27
Mulher é presa por apoiar pistoleiros que tentaram matar rival de facção
Acusado de tentativa de homicídio usa cabo de vassoura para ameaçar policiais (Foto: Sidnei Bronka)

Mulher de 26 anos de idade, identificada como Iara Paulina Carvalho de Brito, foi presa por envolvimento no atentado a tiros contra Leonardo Soares Moline, 19, ocorrido na noite desta terça-feira (5) em Dourados, a 251 km de Campo Grande. O crime teria sido determinado pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

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Iara Brito, 26, foi presa em Dourados (MS) por envolvimento na tentativa de homicídio de Leonardo Moline, 19. O crime, ocorrido na terça-feira (5), teria sido ordenado pela facção criminosa PCC. Brito forneceu apoio logístico aos atiradores, Valdinei Galvão e um adolescente de 16 anos, ambos presos. Ela escondeu as armas, queimou roupas e abrigou o menor. Galvão, residente no Paraguai, veio a Dourados a mando da facção. Na casa de Brito, a polícia encontrou drogas, munição e roupas dos atiradores. Moline foi atingido por um tiro no braço e peito, mas sobreviveu. O atentado ocorreu no mesmo local onde um adolescente foi morto em maio, possivelmente por disputas entre facções rivais. Galvão, com extensa ficha criminal, resistiu à prisão e também foi autuado por lesão corporal.

Moradora na Rua Independência, no Jardim Itália, ela é acusada de fornecer apoio logístico aos atiradores Valdinei Galvão e um adolescente de 16 anos, que também estão presos.

Segundo o delegado Lucas Albe Veppo, responsável pelas investigações, a mulher ajudou no levantamento sobre os locais frequentados pelo alvo, escondeu os dois revólveres usados no crime, queimou as roupas usadas pela dupla e deu abrigo ao adolescente, preso na casa dela.

Oriundo do Paraná e residindo atualmente no Paraguai, Valdinei foi preso em um conjunto de quitinetes no Jardim Clímax. Segundo a polícia, ele veio a Dourados por ordem da facção, para matar Leonardo.

Na casa de Iara de Brito, os policiais encontraram porções de haxixe e maconha, cartuchos deflagrados e parte das roupas usadas pelos atiradores. Além do tráfico, ela foi autuada em flagrante por envolvimento na tentativa de homicídio, assim como Valdinei e o adolescente.

Inicialmente havia informação que Valdinei teria pilotado a moto e apenas o adolescente disparado os tiros contra Leonardo. Entretanto, conforme o delegado Lucas Veppo, chefe do SIG, os dois atiraram.

Apenas um disparo atingiu o alvo. O projétil atravessou o braço esquerdo e ficou alojado no peito. Mesmo ferido, o rapaz conseguiu correr e se escondeu na casa de uma moradora vizinha. Ele segue hospitalizado.

Tiros também atingiram o portão da casa da frente. Segundo a polícia, isso ocorreu porque o alvo dos pistoleiros saiu correndo e a dupla continuou atirando.

Outro crime – O atentado aconteceu na Rua Maria de Fátima Alves de Oliveira, no Jardim Canaã IV, região leste da cidade. No mesmo local, em 30 de maio deste ano, um adolescente de 15 anos foi assassinado por quatro homens, também integrantes do PCC. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, o delegado confirmou a suspeita de ligação entre os dois crimes.

“Ali naquela região existe disputa entre duas facções criminosas. A vítima do crime de ontem havia sido testemunha do assassinato de maio. Acreditamos que ele também tenha sido alvejado por causa dessa disputa por território”, afirmou Lucas Veppo.

“Soldado do PCC” – Dono de extensa ficha criminal no Paraná, Valdinei Galvão é apontado como “soldado” da facção criminosa. Atualmente morando em território paraguaio, ele tem histórico de crimes praticados com extrema violência, inclusive tendo esfaqueado a ex-companheira.

“Indivíduo de alta periculosidade e integrante da facção há bastante tempo. Ele estava no comando da empreitada, decidiu o melhor momento para atacar, escolheu as armas”, informou o delegado.

No momento em que Valdinei foi abordado na quitinete, os policiais perceberam que ele tinha ferimento na perna direita e ofereceram um cabo de vassoura para ser usado como muleta. “Ele pegou o cabo de vassoura e investiu contra os policiais, sendo preciso o uso de força para contê-lo”, disse o delegado. Por isso, Valdinei também foi autuado por resistência e lesão corporal.

Inicialmente havia informação de que o ferimento tinha sido provocado por acidente de moto, mas o delegado informou se tratar de uma osteomielite, tipo de infecção óssea causada por bactéria.

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