Com área livre de aftosa sem vacina, carne suína pode atrair novos mercados
Além de Mato Grosso do Sul, outros 20 estados brasileiros e o Distrito Federal também receberam o status
O status de área livre de febre aftosa sem vacinação, que o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde Animal, já tem animado produtores não só do mercado bovino, mas também de suínos. Isso porque o status sanitário pode conquistar novos mercados internacionais.
RESUMO
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O Brasil recebeu o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial da Saúde Animal. A certificação, entregue em junho ao presidente Lula, beneficia tanto o setor bovino quanto o de suínos. Produtores comemoram o reconhecimento que amplia o acesso a mercados internacionais mais exigentes. Para a Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores, o novo status traz maior credibilidade sanitária aos rebanhos do estado, fortalecendo a imagem da produção junto aos importadores. A expectativa é de abertura de novos mercados, gerando oportunidades de crescimento, agregação de valor à carne suína e estímulo a investimentos no setor.
Além de Mato Grosso do Sul, outros 20 estados brasileiros e o Distrito Federal também receberam o status sanitário, que estava restrito a Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e Mato Grosso.
O reconhecimento foi anunciado no final de maio, e contou com a presença de autoridades e representantes de produtores do Estado, mas o documento foi entregue no dia 6 de junho ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para o presidente da Asumas (Associação sul-mato-grossense de Suinocultores), Renato Spera, a certificação dá maior credibilidade aos rebanhos.
“Damos um passo importante rumo à conquista de novos mercados internacionais, especialmente os mais exigentes, que ainda impunham restrições à carne suína brasileira. A certificação de zona livre sem vacinação traz maior credibilidade sanitária para todo o rebanho do Estado, bovino e suíno e fortalece a imagem do nosso sistema de produção junto aos importadores”, destacou.
Agora, Renato espera novas oportunidades para o setor. “A expectativa é de que a abertura de novos mercados gere mais oportunidades para os produtores, agregue valor à carne suína e estimule investimentos na suinocultura sul-mato-grossense. Estamos preparados para crescer com responsabilidade e qualidade”, pontuou.
O governador Eduardo Riedel também destacou novas oportunidades para o setor suíno. “A partir de agora produtores vão ter mercados abertos, mercados nobres, e termos que buscar esses mercados porque isso amplia nossa exportação, atrai investimento, gera mais empregos e agrega valor para os nossos produtos, não só para a pecuária bovina de corte, mas também para suíno, que é extremamente importante para o nosso Estado.”
Em 2024, Mato Grosso do Sul exportou cerca de US$ 1,278 bilhão em carne bovina, equivalente a 282,21 mil toneladas. Os principais destinos foram China, Estados Unidos e Chile, que concentraram 57,18% do valor exportado.
No primeiro quadrimestre de 2025, as exportações somaram US$ 510 milhões, com destaque novamente para China (25,6%), EUA (22,76%) e Chile (13,52%).
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