ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
OUTUBRO, QUINTA  30    CAMPO GRANDE 18º

Lado Rural

Estiagem atinge 97% dos pontos de monitoramento da soja em MS

Somente Aral Moreira teve chuva acima da média; seca avança e La Niña mantém incertezas

Por Gustavo Bonotto | 29/10/2025 20:52
Estiagem atinge 97% dos pontos de monitoramento da soja em MS
Galhos secos em meio a plantação de soja no sul de Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo/Aprosoja)

O déficit hídrico atingiu Mato Grosso do Sul, quando 62 dos 64 pontos de monitoramento registraram chuvas abaixo da média histórica. O levantamento foi feito pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) e divulgado no boletim da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho) e da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O déficit hídrico atingiu 62 dos 64 pontos de monitoramento da soja em Mato Grosso do Sul durante setembro, conforme levantamento do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima. Apenas Aral Moreira registrou índice positivo, com 149 milímetros de chuva, 39% acima da média histórica.O fenômeno La Niña, com 70% de probabilidade de ocorrência entre novembro e janeiro, mantém as precipitações irregulares no estado. As regiões Leste, Bolsão e Norte foram as mais afetadas pela estiagem, que durou entre 20 e 30 dias consecutivos. Especialistas recomendam manejo técnico e escalonamento do plantio para minimizar perdas.

O cenário reflete o impacto do La Niña, fenômeno climático que mantém as precipitações irregulares em grande parte do Estado.

Entre as 64 estações acompanhadas, apenas Aral Moreira teve índice positivo, com 149 milímetros acumulados, volume 39% acima da média histórica. Nas demais localidades, a estiagem predominou, com 20 a 30 dias consecutivos sem chuvas significativas. O levantamento mostra que a seca foi mais intensa nas regiões Leste, Bolsão e Norte, enquanto o Pantanal apresentou leve excedente de chuva, segundo o SPI (Índice Padronizado de Precipitação).

A análise também revela que setembro registrou o maior déficit de chuvas do ano, com volumes entre 0 e 20 milímetros em grande parte do território. O Cemtec alerta que o cenário deve persistir, pois o La Niña segue com probabilidade de 70% de ocorrência entre novembro e janeiro. O fenômeno, de intensidade fraca a moderada, pode manter a instabilidade no regime de chuvas e aumentar os riscos para as lavouras.

De acordo com as projeções climáticas, as chuvas acumuladas devem ficar entre 500 e 700 milímetros nos próximos três meses. As temperaturas médias variam de 24°C a 28°C, ligeiramente acima da média histórica. Especialistas recomendam manejo técnico e escalonamento do plantio como medidas para reduzir perdas na safra, especialmente no período de maior incerteza climática.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.