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Lado Rural

Safra de milho: revisão aponta alta em produtividade e rentabilidade

Colheita já passou de 90% e a estimativa de produção é de 14,2 milhões de toneladas

Por Kamila Alcântara | 04/09/2025 13:38
Safra de milho: revisão aponta alta em produtividade e rentabilidade
Máquinas colheitadeiras de milho em uma lavoura de MS (Foto: Aprosoja)

A colheita do milho segunda safra em Mato Grosso do Sul atingiu 90,9% da área plantada até o dia 29 de agosto, segundo levantamento da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul). O sul do Estado é a região mais adiantada, com 91,8% da área colhida, seguido do centro (89,1%) e do norte (88,6%). No total, cerca de 1,9 milhão de hectares já foram colhidos.

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A safra de milho em Mato Grosso do Sul apresenta resultados positivos, com 90,9% da área colhida até 29 de agosto, segundo dados do Projeto SIGA-MS. A produção estimada foi revisada para 14,2 milhões de toneladas, um aumento de 39,4% em relação ao início da safra. A produtividade média atingiu 112,7 sacas por hectare, crescimento de 68,1% frente ao ciclo anterior, impulsionada por condições climáticas favoráveis e pelo atraso no plantio.A alta nos preços do milho, com a saca cotada em R$ 49,55, também contribui para a rentabilidade dos produtores. Novos agricultores têm lucratividade estimada em R$ 1,1 mil por hectare, enquanto os que plantam soja na primeira safra podem alcançar até R$ 2,3 mil por hectare. A margem líquida varia entre 23 e 47 sacas por hectare, dependendo dos custos de produção.

A nova revisão da safra trouxe perspectivas ainda mais otimistas. A estimativa de produção subiu para 14,2 milhões de toneladas, alta de 39,4% em relação ao cálculo inicial. A área cultivada foi mantida em 2,1 milhões de hectares, praticamente estável em relação ao ciclo anterior, mas a produtividade média avançou para 112,7 sacas por hectare, um crescimento de 68,1% frente à safra passada.

Segundo o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, o resultado foi impulsionado por boas condições climáticas e até pelo atraso no plantio, que acabou beneficiando o desenvolvimento das lavouras. “Já vemos aumento expressivo na produtividade, mas ainda falta 20% da área para ser amostrada, o que pode alterar o panorama. Mais importante do que a produtividade, no entanto, é a relação de troca, já que muitos municípios seguem abaixo da média estadual nesse quesito”, ressaltou.

Além da produtividade, a alta no preço do milho também deve garantir maior rentabilidade ao produtor. O analista de economia da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, explicou que, com o preço médio da saca em R$ 49,55, os novos produtores têm lucratividade estimada em R$ 1,1 mil por hectare. Já os agricultores que diluem custos ao plantar soja na primeira safra podem alcançar até R$ 2,3 mil por hectare.

“Com uma produtividade média de 112,7 sacas e custos em torno de 89,49 sacas para novos entrantes, a margem líquida ultrapassa 23 sacas por hectare. Para quem já está na atividade e tem custos de 65,58 sacas, essa margem sobe para mais de 47 sacas por hectare”, explicou Fernandes.

No mercado, segundo o Boletim Casa Rural Agricultura, a saca de soja está cotada em média a R$ 121,73 em Mato Grosso do Sul, enquanto a de milho segue em R$ 49,55.

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