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Meio Ambiente

Águas Guariroba estuda tecnologia 'ecológica' para tratamento de esgoto

Nyelder Rodrigues | 26/05/2017 19:31
Estudantes e pesquisadores conhecem ecotecnologia da Águas (Foto: Divulgação)
Estudantes e pesquisadores conhecem ecotecnologia da Águas (Foto: Divulgação)

A Águas Guariroba, empresa responsável pelos serviços de água e esgoto em Campo Grande, mantém na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Los Angeles uma unidade piloto de polimento do efluente tratado, ecotecnologia conhecida como wetlands, alvo da visita feita por pesquisadores da área nesta semana.

A visita aconteceu dentro das atividades do 3º Simpósio Brasileiro de Wetlands Construídos, realizado na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e que terminou nesta sexta-feira (26). O evento contou com apoio da Águas Guariroba e foi focado aos profissionais e estudantes de Engenharia Sanitária e Ambiental.

"O sistema se baseia praticamente em um substrato poroso, normalmente composto por brita, pedrisco, ou outros materiais, e em cima, no topo a gente tem as espécies de macrofitas, que são plantas aquáticas", explica o coordenador de meio ambiente da Águas Guariroba, o engenheiro ambiental Fernando Henrique Garayo, que completa.

"O wetland, pelo próprio substrato, já funciona como filtro, e há a ação da zona de raízes dessas plantas, que contribuem para a oxigenação e tratamento desse afluente. Além de que, a planta também exerce a função de capturar alguns nutrientes presentes nesse esgoto", frisa.

O método wetland é utilizado principalmente em pequenas comunidades rurais, sendo que atualmente a Águas explora a sua aplicabilidade para populações maiores, com a unidade piloto que tem uma área de 16 m².

"Foram feitas análises que comprovam a eficiência, principalmente em termos de remoção de matéria orgânica. Já conseguimos atingir uma eficiência de 80% de remoção de matéria orgânica. Alguns outros parâmetros de interesse, como fósforo, removemos de 50 a 60%", afirma Fernando Garayo.

Para o coordenador do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UCDB, Fernando Jorge Corrêa Magalhães Filho, é importante investir em pesquisas para avançar em eficiência.

"Hoje temo sistemas que se preocupam com a remoção de matéria orgânica, precisamos avançar com a remoção de patógenos e principalmente nitrogênio. Essa é uma tecnologia que faz essa remoção. É um sistema de fácil construção e operação", comenta.

Já a pesquisadora do grupo de estudos em saneamento descentralizado da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Catiane Pelissari, tratar o esgoto é uma questão primordial, sobretudo em localidades que estão em desenvolvimento. Para ela, a busca por sistemas de baixo custo é fundamental.

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