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Meio Ambiente

Bombeiros do RS também atuam no resgate de animais silvestres no Pantanal

Viralizou nas redes sociais o resgate de uma cotia e um gavião

Por Kamila Alcântara | 03/09/2024 14:49

Desde o fim de semana, mais de duas mil pessoas compartilharam e 20 mil curtiram, nas redes sociais, um vídeo que mostra bombeiros atuando no resgate de animais silvestres, no Pantanal de Miranda, a 208 km de Campo Grande. A equipe faz parte do CBMRS (Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul) que veio dar apoio no combate aos incêndios no Mato Grosso do Sul.

No registro é possível ver o militar capturando uma cotia que peregrinava pela BR-262, onde a mata ao redor foi devastada pelas chamas. Com as patas feridas e muito debilitada, ela tenta fugir, mas se rende à ajuda humana quando recebe hidratação. O outro animal é um gavião, que estava preso entre as árvores já em cinzas.

Ao todo, 11 bombeiros militares especializados no enfrentamento desse tipo de ocorrência devem chegar à região pantaneira na semana passada. Em outro vídeo, o soldado gaúcho Leonel Estanislau explica que eles foram divididos em duas equipes, que trabalham diuturnamente.

“Estamos em Miranda, que tem uma área de aproximadamente 500 mil metros quadrados. Atualmente, estamos nos dividindo em duas equipes, uma trabalha no período diurno, outra no período noturno, assim conseguimos monitorar a área 24h por dia e caso haja um pequeno foco de incêndio combatemos no início e evitamos incêndios de grande proporção”, destaca Leonel.

De acordo com o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul), todo animal resgatado está sendo trazido para o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) da Capital.  A área mais afetada do município de Miranda, do Salobra, está sendo monitorada para que não volte a queimar e preservar os ribeirinhos do entorno.

Situação atual - Conforme o último boletim da Operação Pantanal, divulgado pelo Governo do Estado nesta terça-feira (3), novos focos de incêndio atingem a região do Nabileque, em Corumbá. Outras regiões atingidas são o Parque Estadual das Nascentes do Taquari, em Costa Rica, e São Gabriel do Oeste.

Além disso, são monitoradas as regiões do Rio Negro, em Aquidauana, e no entorno de Corumbá, como Passo do Lontra, Porto da Manga, Forte Coimbra, Porto Esperança, e Albuquerque; no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema.

Desde o começo deste ano até 27 de agosto, a área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul chega a 1.779.075 hectares, o que representa aumento de 148,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 715,4 mil hectares - considerada até então, a pior temporada de incêndios no Pantanal de MS. Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Os focos de calor detectados via satélite chegam a 6.387, ou seja, 43% a mais que no mesmo período de 2020, quando foram registrados 4.465, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais).

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