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Meio Ambiente

Chuva ajuda a eliminar focos e bombeiros do DF podem deixar MS no domingo

Militares que estão em MS para auxiliar a força-tarefa monitoram a situação no Pantanal e aguardam ordens para voltar para casa

Maressa Mendonça | 26/09/2019 16:56
Bombeiros e voluntários atuando no combate às queimadas em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Bombeiros)
Bombeiros e voluntários atuando no combate às queimadas em Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Bombeiros)

Integrantes da força-tarefa de combate às queimadas em Mato Grosso do Sul disseram que os focos de incêndios na Fazenda Caiman, Porto Ciríaco e Fazenda Bodoquena foram finalmente extintos. Isto é resultado também das chuvas que ocorreram na quarta-feira (25) no Estado. 

Os locais continuarão sendo monitorados durante 48 horas para evitar a a volta do fogo. Se a situação permanecer assim, em uma previsão otimista, os bombeiros militares do Distrito Federal poderão voltar para a casa no domingo (29).

O tenente coronel do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul Fernando Carminati explicou que a extinção dos focos de incêndio nestes três pontos foi observada após sobrevoo da aeronave Nimbus 01. Ainda segundo ele, uma reunião será realizada para definição das novas estratégias da força-tarefa.

“Por enquanto ficarão equipes da força-tarefa compostas por mínimo efetivo para manter o monitoramento e vigilância nestes locais para não haver a reignição dos incêndios. Chamamos de rescaldo e vigilância esta fase”.

Carminati comentou que as demais equipes retornarão a Aquidauana, onde ficarão de prontidão, aguardando novas ordens do Comando Unificado.

O tenente coronel do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, Domingos Márcio Ferreira da Silva, completou que toda a equipe de Brasília que veio reforçar os trabalhos em Mato Grosso do Sul vai permanecer no estado até segunda ordem. “Em um cenário muito otimista [de extinção dos focos] poderemos retornar no domingo”.

Ferreira comentou que as chuvas que ocorreram ontem no Estado foram fundamentais para a extinção dos focos do incêndio, mas não isoladamente. “Tínhamos avançado bastante no combate. A gente acompanhou via satélite e de sete dias para cá limpou. O mapa mostra apenas pouquíssimos focos”.

Os trabalhos - Ainda segundo Ferreira em se tratando de "Pantanal" não existe trabalho fácil. Na região da reserva Caiman, por exemplo, a dificuldade foi o acesso. Alguns pontos de mata fechada não eram visitados há 20 anos. "No começo, demoramos até 6 horas para chegar nos focos. Com as aeronaves conseguimos colocar os combatentes mais próximos e reduzir este tempo".

Outro problema no mesmo local era o fogo subterrâneo. “A gente apagava e em algumas horas ou minutos o fogo voltava porque ia queimando por baixo do solo e eclodia em outro local”, explicou.
É por esse motivo que eles precisam aguardar até 48 horas após os combates para garantir que o fogo não retorne.

No Porto Ciríaco existia uma linha de 12 quilômetros de fogo e os bombeiros precisaram agir rápido para evitar que as chamas chegassem até a sede da propriedade a ao ponto onde estavam inúmeras cabeças de gado.

Na Serra de Bodoquena o combate em si não preocupava tanto quanto o local para a aeronave pousar. "Tinha aclive acentuado e a aeronave não conseguia parar para a gente poder descer", declarou.

Às 6h, os militares dão início aos trabalhos que se estendem durante toda a manhã e continuam no período da tarde.

“No Pantanal são diferentes tipos de relevo. Tem área alagada, pastagem, mata fechada. Então em todos os locais é combate é muito difícil”, analisou o tenente coronel.

Mais de 300 militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul estão atuando nas queimadas. A força tarefa é composta também de outros 34 bombeiros do Distrito Federal, 80 brigadistas do PrevFogo, mais 30 brigadistas particulares da empresa Suzano e 35 funcionários das fazendas onde foram montadas bases de atuação.

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