ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SÁBADO  21    CAMPO GRANDE 26º

Meio Ambiente

Dia mais longo do ano será neste sábado; entenda o motivo

Fenômeno astronômico conhecido como solstício marca início do verão e influencia temperaturas e chuvas

Por Jhefferson Gamarra | 21/12/2024 09:45
Vista aérea de Campo Grande em dia ensolarado (Foto: Osmar Veiga/Arquivo)
Vista aérea de Campo Grande em dia ensolarado (Foto: Osmar Veiga/Arquivo)

Neste sábado (21) ocorre o solstício de verão no Hemisfério Sul, evento que marca o dia mais longo do ano e o início oficial da estação mais quente. O verão teve início às 7h21 (horário de MS) e segue até as 5h02 do dia 20 de março de 2025, quando iniciará o outono.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O solstício de verão no Hemisfério Sul, ocorrido em 21 de dezembro, marcou o dia mais longo do ano e o início oficial da estação, que se estende até 20 de março de 2025. Este fenômeno, causado pela inclinação do eixo terrestre, resulta em maior incidência de radiação solar no Hemisfério Sul, com dias mais longos e temperaturas mais elevadas, especialmente no Sudeste, Sul e partes do Centro-Oeste do Brasil. A previsão para o verão 2024/2025 aponta chuvas mais frequentes em todo o país, com possibilidade de influência do fenômeno La Niña, que deve ser de curta duração e fraca intensidade, contrastando com o El Niño do ano anterior. O calor e a sensação de abafamento devem predominar, embora de forma menos intensa que em 2023/2024.

O solstício de verão ocorre quando o Sol atinge o ponto mais alto no céu em relação à Terra, resultando em uma maior incidência de radiação solar sobre o Hemisfério Sul. Esse é o motivo pelo qual os dias são mais longos e as noites mais curtas durante essa época do ano.

A Climatempo explica que, em regiões como o Sudeste, Sul e partes do Centro-Oeste do Brasil, o Sol nasce mais cedo e se põe mais tarde, permitindo que as temperaturas se elevem com mais intensidade.

“Quem mora no Sudeste, no Sul e nas áreas mais ao sul do Centro-Oeste no Brasil, percebe que o Sol está nascendo mais cedo e se pondo mais tarde. Os dias são mais longos. São mais horas de Sol para esquentar o ar e manter as temperaturas elevadas”, informa a Climatempo.

Esse fenômeno é resultado da inclinação do eixo terrestre. Em dezembro, o Hemisfério Sul se inclina em direção ao Sol, favorecendo a entrada de radiação solar. Por outro lado, o Hemisfério Norte vivencia o solstício de inverno, com dias mais curtos e noites mais longas. A situação se inverte em junho, quando o Hemisfério Norte recebe mais luz solar e o Hemisfério Sul tem noites prolongadas.

Além de marcar o início do verão, o solstício é um lembrete da influência dos movimentos astronômicos no cotidiano terrestre. Enquanto o solstício define o início do verão e inverno, os equinócios, que ocorrem em março e setembro, são momentos em que o dia e a noite possuem duração quase igual em todo o planeta. Neste período, no Brasil, os dias são mais curtos e as noites mais longas.

Tendências para a nova estação – O verão de 2024/2025 promete condições diferentes do ano anterior. A expectativa é de que o verão seja marcado por chuvas mais frequentes em todo o país, com acumulados superiores a 400 mm, conforme informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

"Esse período é caracterizado pela elevação das temperaturas em todo o Brasil, resultado da posição relativa da Terra em relação ao Sol, que se encontra mais ao sul. Isso torna os dias mais longos que as noites e provoca rápidas mudanças nas condições climáticas", explica o instituto.

O Inmet destaca que esse cenário favorece "chuvas intensas, queda de granizo, ventos moderados a fortes e descargas elétricas". O calor e a sensação de abafamento devem predominar em grande parte do país, embora de forma menos intensa do que no ano anterior, quando o fenômeno El Niño ainda estava ativo.

Há indícios de que o verão possa ser influenciado pelo retorno do fenômeno La Niña. As projeções mais recentes da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) indicam 59% de chance de que La Niña se forme até janeiro de 2025, com transição rápida para neutralidade, possivelmente entre março e maio do próximo ano.

Tradicionalmente, durante La Niña, há redução das chuvas no Sul e aumento nas regiões Norte e Nordeste. No Sudeste e Centro-Oeste, há possibilidade de períodos mais frios e chuvosos. No entanto, essa La Niña deve ter curta duração e intensidade fraca, em contraste com o último episódio, ocorrido entre setembro de 2020 e março de 2023.

Nos siga no Google Notícias