Estiagem e ação humana criam bancos de areia no Rio Miranda
Processo de assoreamento do Rio Miranda avança a cada ano e flagrantes mostram rio secando
Os vídeos da situação do Rio Miranda continuam a impressionar. Por conta da estiagem prolongada - desde maio - e do acumulo do reflexo da ação humana, como no caso da retirada da mata ciliar, o rio tem acumulado bancos de areia em alguns trechos, onde a água parece até que parou de correr.
Em novo vídeo enviado ao Campo Grande News, provavelmente na região da Ponte do 21, que fica na estrada do 21, na MS-345, a situação do curso do rio é preocupante. Não é possível identificar a pessoa que gravou as imagens, mas ela chama atenção para a seca. "Era só de um lado, debaixo da ponte pra cima, agora está para baixo. Daqui a pouco está sem água".
Segundo o diretor-presidente do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo, a situação deve piorar. "Tudo isso é a falta de chuva e a previsão piorar, tem locais que já cortou (curso da água interrompeu). Além da estiagem tem o processo erosivo da nascente".
A condição do Rio Miranda foi mostrada e detalhes em reportagem especial publicada neste mês julho no Campo Grande News.
Monitoramento - Conforme levantamentos da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), o Rio Miranda é o mais relevante tributário do Rio Paraguai, o principal do Pantanal. Formado pelo Rio Roncador e Córrego Fundo, em Jardim, o Miranda percorre 490 quilômetros até a foz no Rio Paraguai, já no município de Corumbá.
Ao longo dos anos, o Rio Miranda enfrenta assoreamento que resulta na formação de bancos de areia e desvio do leito. A situação é agravada pela degradação das matas ciliares, mau uso do solo, processos erosivos e, principalmente, com a degradação da nascente.
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